Capt. 1





Capt. 1

É tarde, a noite come-me o pensamento com escuridão dilacerante e eu por aqui, escrevo, ouço e penso. Perco o fio à meada porque a mente está presa e vagueia, para longe, para o passado. Carpe Omnium devia ser um lema para toda a vida mas na realidade sou um ser senciente, preciso de viver de sentimento em sentimento, negativo ou positivo, assim vivo e continuo a sobreviver, quero ser mais acreditem em mim, eu tento, ser forte, ser a barreira entre o cães desse mundo e as pessoas boas que conheço, e por momentos fui um desses caninos carniceiros, fui eu o culpado de dor, de mágoa, tudo porque acho que o mundo foi injusto para comigo, tenho que ser mais forte, ser o escudo e não o criminoso, não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti, e eu fiz. E ao espelho vejo-me com olhos cerrados e punhos cerrados, odeio a imagem reflectida, e perco-me em pensamentos, quem és tu, pergunto eu ao espelho e ele sem resposta ali fica a atormentar-me a meter gasolina nesta ardente raiva para com o meu próprio reflexo.

Superior à minha dor para que os outros não sintam mágoa ou receio.

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