Eu sei que ai estás. No fundo eu consigo-te sentir, no fundo consigo te tocar, eu sei , eu sei, que isto não é verdade, e a alma doí, sinto que uma agulha rebentou a sua camada exterior e agora palavra a palavra o conteúdo esvaísse no papel, sinto que a morte de tudo aquilo que escrevo é premeditada e oposta-mente impaciente, é como se o meu coração, acelerado, bate-se de encontro a uma pequena agulha alojada nas paredes do meu externo, a cada batimento uma dor invade o sangue, essa dor é bombeada pelo meu corpo e envolve-me num manto escuro, comovido a lágrima ameaça romper, e eu deixo, eu quero que vá que me inunde, que me traga ao lugar seguro que é amuar. No fim quando primo o ultimo carácter é como se um enorme rompimento me tivesse atravessado, e uma dor mantém-se no corpo, é ínfimo, e invisível e eu não sei o que fazer ando ás voltas a contornar fantasmas respiração ofegante, é como se quisesse chorar, é como se quisesse correr, é como se quisesse voar, é como se quisesse dormir...
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