tag:blogger.com,1999:blog-33323493578826373942024-03-19T08:12:30.677+00:00Pontos ParalelosDiogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.comBlogger47125tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-60718139417797370302014-06-22T23:53:00.000+01:002014-06-22T23:53:32.273+01:00Lugar<div style="text-align: center;">
Uma fotografia, uma música - <a href="spotify:track:4hkNxqfPl3YqYpRfTUohf6">J.P. Simões – Se Por Acaso ( Me Vires Por Aí )</a>, um poema, uma memória, um lugar</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Wz9Sl9vJHGs/U6c_Cj59URI/AAAAAAAADdU/0OHwdKZdU60/s1600/IMG_20140622_155919.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Wz9Sl9vJHGs/U6c_Cj59URI/AAAAAAAADdU/0OHwdKZdU60/s1600/IMG_20140622_155919.JPG" height="512" width="640" /></a></div>
<br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Muito pouco mudou</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas pouco bastou</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Para eu reparar</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ainda é o mesmo lugar</span></div>
<span style="color: white;"><b id="docs-internal-guid-7f63f162-c5c7-c949-37d8-ee8072ee111c" style="font-weight: normal;"><br /></b>
</span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Apesar de tudo</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Paro e olho, mudo</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Por ainda me lembrar</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">É realmente o mesmo lugar</span></div>
<span style="color: white;"><b style="font-weight: normal;"><br /></b>
</span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">De adolescente a homem</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Memória e tempo ainda moem</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Aquele beijo que ousou terminar</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">E fazem-me voltar a este lugar </span></div>
<span style="color: white;"><b style="font-weight: normal;"><br /></b>
</span><br />
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nem eu esqueci o primeiro</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Talvez o único verdadeiro</span></div>
<div dir="ltr" style="line-height: 1.15; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;">
<span style="background-color: transparent; color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">E na esperança de voltar a amar</span></div>
<span style="color: white; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Não esqueço este lugar</span>Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-31974553160775659162014-03-30T00:02:00.001+00:002014-04-06T11:23:43.847+01:00Aquele Poeta Chamado Esperança Parte IEsta é a estória do poeta chamado Esperança, Joaquin Esperança, como tudo na sua vida até o seu nome assume o papel ridículo das ambiguidades despropositadas, Delinda Jesús sua mãe da Galiza vivia em portugal à 15 anos, num dia, numa dessas efemérides melindrosas conhece Arlindo Esperança, motorista de longo curso em autocarros internacionais, no acaso do amor a semente foi plantada numa paragem de Arlindo por Espinho após uma viagem Paris-Porto, dai o feto cresceu, o ser se criou, a água galgou a margem e na sua foz ele, Jô Esperança como viria a ser conhecido da primária à faculdade, Jô tinha tido a mais pacata das vidas, na mais pacata das aldeias do interior de portugal, a sua vida até este ponto tinha sido tão calma que até a universidade escolhida para frequentar foi nos Açores, primava por esse espírito de taciturno recatado e contemplativo, até este dia, nunca se tinha apaixonado ou sentido amor por ninguém para além de sua matriarca, e hoje foi bem diferente, todos os anos perto de onde vivia havia um enorme festival, esse festival atraia jovens, barulho, comoção e agitação algo que não gostava, mas que aguentava pela sazonalidade do mesmo, era para ele o marcar de calendário e uma oportunidade para observar outras gerações, não que ele fosse velho, fazia apenas 27 anos nesse mesmo mês, mas era um exercício que praticava todos os anos com algum gosto, pegava no seu carro e ia até Ponte de Lima, que era ponto de passagem para muitos dos festivaleiros, sentava-se numa esplanada por lá com um caderno preto escrevia o que via, analisava, fumava, bebia, para à noite voltar a casa e escrever poesia sobre como se sentia, dia percorrido até ao fim, chegara de manhã e voltava pela tardinha, no seu vagar fenomenal não transgredia uma regra de trânsito e nunca entrara numa auto-estrada porque não gosta de andar a mais de 80km/h, no seu percurso muitos dos jovens faziam-se ao caminho a pé em direcção ao destino do rock, do roll e do metal, ele já estaria habituado a toda essa peregrinação pedonal ano após ano, todos eles quando vêm um carro só com um ocupante tentam a sua sorte e estendem o polegar em direcção à estrada, todos eles são ignorados por Esperança, excepto uma rapariga com uma mochila volumosa e enorme às costas apoiada apenas por uma alça pois a outra estaria rebentada, ela caminhava lentamente e fora de grupo, coisa incomum, estava sozinha, ao aproximar-se reparou que ela além de tudo isso apresentava um passo débil e esforçado, coxeava da perna esquerda, o mesmo lado em que a alça rebentara, passa por ela e continua a olhar pelo espelho retrovisor o aspecto desta pessoa, na sua cabeça pensa e se for uma pessoa maléfica e o queira assaltar ou pior, mas ao mesmo tempo e se for uma pessoa de índole benigna que mereça ser ajudada nesta hora de sacrifício, encosta o carro na borda uns passos à frente da rapariga e ela vê ignora e continua, ele não percebe, e no seu cérebro certamente ela terá uma razão ela nem sequer pediria boleia logo porque haveria de a aceitar algo que não requisitou, mas, ele tinha ficado curioso sobre toda a história, e começara a construir suposições na sua cabeça, será que foi atropelada, um carro lhe tocou de raspão, arrastada, e com o olhar, o do costume, contemplava possibilidades piores, mais graves, será que teria sido abusada, violada, a bem ver é tão perigoso deixar entrar um desconhecido no automóvel como entrar no automóvel de um desconhecido, é um pau com dois bicos extremamente afiados, desliga o carro e no momento em que abre a porta a rapariga larga a mochila e começa a correr até cair de dor no meio do chão, ele pará ao lado do carro e grita, - DESCULPA SE TE ASSUSTEI, NÃO TENCIONO FAZER-TE MAL, PERMITE-ME PELO MENOS CHAMAR O 112 PARA TE PRESTAR AUXILIO. Ela responde, - NÃO É PRECISO. Levanta-se num queixume agoniante, e volta atrás para recuperar a bagagem, nisto ele dá um passo em frente, - NÃO SE APROXIME POR FAVOR, OBRIGADO, MAS PODE CONTINUAR A SUA VIAGEM. Ele não consegue e vai dando pequenos passos no drama de ajudar, no pânico intenso de não saber o que fazer ele volta a tentar, - Ouve eu tenho um amigo que é enfermeiro em Ponte de Lima, ele pode ajudar, prometo que não te faço mal, tu não estás nada bem e pelo aspecto dessa mancha vermelha diria que estás a perder sangue, se não confias em mim por favor deixa-me chamar uma ambulância para que possas ser assistida, estás mesmo muito mal, por favor. Ela não responde, os passos que dá estão cada vez mais esforçados, agarra na mochila e dá meia volta, virando-lhe as costas, no movimento circular a pressão sobe-lhe à cabeça, o corpo impulsionado pelo peso astronómico da mochila cai desamparado na terra. -Bolas, hey, hey, acorda, estás bem? ESTÁS BEM?, corre na sua direcção, verifica-lhe o pulso, fraco muito fraco, a ferida aberta na sua anca esquerda expelia sangue fresco, demasiado sangue, e tal como ouvira alguém dizer um dia, o sangue é para ficar dentro do corpo, é preciso, tira-lhe o peso de cima para a ajudar a respirar e com a sua camisa faz um garrote envolvendo o ferimento, pega nela com ambos os braços e transporta-a até ao carro, pousa-a no banco de trás ajustando a posição de forma a ser a mais natural possível deitada, arranca em direcção à mochila e num remoinho de adrenalina incontrolável sai pega na mochila atira para o banco do pendura e prego a fundo directo ao Hospital Conde de Bertiandos onde o seu amigo trabalha, até hoje o ponteiro do velocímetro nunca tocara os 100km/h muito menos os 180km/h a que agora circulava, ele não pensava limitava-se a agir atabalhoadamente é certo nunca treinara estes reflexos primordiais, pára apenas em frente à entrada das urgências à sua frente uma ambulância que se preparava a arrancar os bombeiros muito mais atentos e preparados rapidamente somam o dois mais dois e quando Jô salta do carro e grita socorro eles já tinham entrado em modo emergência um agarra na maca enquanto o outro abre a porta de trás para extrair a pessoa sinistrada nisto o pedido de SOS já tinha alarmado um grupo de médicos e enfermeiros que fumava ali perto que prontamente se juntaram à comitiva que em passada larga acompanhava a paciente hospital a dentro, Esperança corre atrás deles até o segurança o bloquear, -Calma daqui para a frente a sua esposa está em boas mãos tenho a certeza que vão fazer tudo o que poderem, o que você pode fazer é tirar o seu veiculo dali que pode chegar outra pessoa em urgência e depois voltar para se fazer a ficha. - Ahhhh sim sim... Faz todas as manobras necessárias e estaciona no parque do Hospital, desliga o motor e respira fundo ainda com as mãos no volante, tudo começa a voltar ao normal o efeito da epinefrina estava a passar, no seu pensamento refazia o puzzle dos últimos minutos da sua vida, e relembrava que não sabia nada sobre a rapariga que acabara de dar entrada, esposa, porque pensaria o vigilante que seria sua esposa, Jô Esperança casado seria algo de completamente novo, o medo que tocava-lhe a alma ao enxergar algo tão sinuoso como uma relação amorosa, mas agora não é tempo nem local para desenvolver esses sentimentos, precisa de encontrar algo que identifique a rapariga de forma a legalizar a situação junto das autoridades competentes. Procura na mochila da rapariga por uma carteira com identificação, bolsa após bolsa, recanto após recanto, até dar com um livro e um caderno por trás de um dos fechos laterais, pega-o na curiosidade de ver o autor quando vira a capa frente aos olhos quase entra em choque o livro era seu...<br />
<br />
Continua.....Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-61426533646685215412014-03-15T20:50:00.001+00:002014-03-15T20:52:18.306+00:00TelaNo canto do quarto chora, olhos de vidro, olha em frente sem perder da mente que o branco omnipresente do espaço quadrado que forma a tela tem apenas um pequeno ponto negro, minúsculo diria dois milímetros ponta de caneta, ponta de iceberg.<br />
<br />
Ah tanto para pintar, desenhar, escrever, imagina só se cada um desses sentimentos que remoinham dentro da cabeça fossem golpes de arte, de técnica, se formassem em geometrias abstractas, faces, membros, flores, jardins, se tudo isso fosse assim tão claro.<br />
<br />
Claro que sim, que é, mas no entanto ela parada em êxtase de apatia o climax de não ser nada e querer imediatamente ser tudo, que o amor fosse um circulo, a morte um quadrado, a dor, a dor...<br />
<br />
Bolas nem eu que aqui parado a pairar sobre o que na minha imaginação ferve, eu que denomino-me como alguém dono de algumas palavras que empresto aos outros consigo perceber, agarrar, morder, provar e descrever a miséria de sentir a katana que subtilmente nos quebra pele de dentro para fora e mesmo que tivesse essa descrição tão límpida e desempenada na minha cabeça algo me provoca nojo no definir eternamente algo desta magnitude, iria generalizar, ser um dicionário tão kitsch e inútil que poderia desistir de cadernos, folhas, guardanapos em conjunção com a caneta, mas o que digo tornaria a sua missão mais confusa e árdua.<br />
<br />
O mundo desaba ao seu redor, o seu mundo isto dito, tenho a certeza que algures no mundo um músico dedilha emoção no mais puro esgalhanço de guitarra, um poeta entra em espiral de auto-comiseração e esgravata o verso apelidado morte, e um actor olha esse apelido nos olhos engole em seco e saca da cartola a mais perfeita interpretação de macbeth, tenho a certeza que tu, ai entrelaçada sobre ti, cabeça sobre os joelhos, ai nesse canto poeirento, procuras não por respostas mas por gestos imagens, compões toda essa torrente de sentimentos dentro da tua cabeça, visualizas não analisas, procuras os contornos certos.<br />
<br />
O horror que tão próximo te tocou o rosto do merdas que levou quem amavas, a alma dessa pessoa que contorno tem?<br />
<br />
É um sorriso para mais tarde recordar? Não, não para isso tens fotos, quais são os contornos de um coração que agora inerte não te chama mais, um corpo que deixa de crescer, amar, falar, gostar, imaginar, pensar e te acompanhar, o egoísmo que te percorre o ego atormentado por tudo o que ficou por dizer, tudo o que resta está à tua frente, homenagem, tem que ficar perfeito.<br />
<br />
Pega, vamos, pega, é um simples lápis, eu sei começa simples, traceja o horizonte, o sol, e algumas nuvens, tenho a certeza que nem tudo foi sempre céu azul entre vocês, pega este pincel, e com cada linha um detalhe dos seu corpo, o vestido que adorava, flores e tudo, cores vibrantes.<br />
<br />
Toma limpa o rímel horrível que te escorre na cara, e desenha-te a ti, exactamente com isso, com lágrimas e pintura facial, porque não, o toque de ironia, certamente melhor preito não lhe poderias dar, envolve-te nos seus braços vagamente como se fosses tu que tivesses desaparecido, como se ela ainda cá estivesse, e por boa dose um balão de pensamento, eu sei eu sei, é um quadro é suposto ser para interpretação e não ter explicação, mas que se foda o quadro é teu, e escreve simplesmente amo-te.<br />
<br />
Agora sim chora, chora muito, fixa a imagem na tua cabeça, pega no isqueiro e queima esse quadrado, queima mesmo.<br />
<br />
Tu sabes, eu sei, todos nós sabemos que tal como o quadro nada dura para sempre, facto da vida, isto não é uma lição de vida, não é filosofia de bolso ou mordomia de escape, isto é o que ficou por fazer, isto é o que ficou por dizer, isto é o ultimo capitulo, isto é o teu mundo mais pequeno simplesmente sem nada por dizer, sem nada por fazer, não é o discurso do filme, nem o choro de carpideira, é a tua mensagem enviada e entregue ao vazio onde ela agora mora, gravada, profundamente no núcleo do que és, o bloco de cimento na tua estrutura, vive, vive muito, e quando voltares a sorrir lembra-te, lembra-te dessa imagem, respira fundo, e continua a sorrir.<br />
<br />
Ser feliz não é desrespeitar, ser feliz é amar essa memória, é beijar na cara a história e ter o prazer de recordar.<br />
<br />
Agora chora até não poderes mais, porque quem não chora são os anormais....<br />
<br />Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-844100502959516192014-03-13T23:58:00.000+00:002014-03-13T23:58:03.510+00:00Imparohhhh pensamento tacanho<div>
que agarrado ao engenho</div>
<div>
e ao mesmo nó que vos fez sangrar</div>
<div>
aquele caminho que todos se apreçam a estipular</div>
<div>
sem entenderem que sou ímpar</div>
<div>
não entendem o que me faz voar</div>
<div>
e se eu definho em meus próprios termos</div>
<div>
agarrado à vontade que todos temos</div>
<div>
e à simplicidade de navegar</div>
<div>
de ir ao mar e deixar-me levar</div>
<div>
sou a pétala branca na rosa negra</div>
<div>
o ponto de luz que quebra a regra</div>
<div>
que todos comentam em surdina</div>
<div>
e grita a mensagem voz de ardina</div>
<div>
que só a vossa verdade é sepulcral</div>
<div>
e o que sinto? o que sinto é irreal?</div>
<div>
façam manchetes de opinião</div>
<div>
gritem em plena multidão</div>
<div>
<br /></div>
<div>
que sou eu que tenho que mudar</div>
<div>
só eu tenho que mudar</div>
<div>
<br /></div>
<div>
descansem a voz porque não vos ouço</div>
<div>
estão atirar pedras para o fundo do poço</div>
<div>
que eu com o orgulho de um pequeno moço</div>
<div>
já construí o meu próprio troço</div>
<div>
<br /></div>
<div>
da estrada que me vai levar </div>
<div>
<br /></div>
<div>
essa vertigem de que me aproprio</div>
<div>
de quem no calor adora o frio</div>
<div>
de quem ama com medo de amar</div>
<div>
canta com vontade de chorar</div>
<div>
luta sem ter o que lutar</div>
<div>
e se me perco na vontade de criar?</div>
<div>
eu não sou definição quadrada</div>
<div>
sou uma espada cruzada</div>
<div>
com a rosa cravejada de espinhos grossos para cortar</div>
<div>
com um telemóvel ao centro</div>
<div>
para me ligar ao conhecimento</div>
<div>
que para mim é tão importante como respirar</div>
<div>
eu sou o que se opõe a mim</div>
<div>
que me berra aos ouvidos nas noites sem fim</div>
<div>
com insónias por terminar</div>
<div>
<br /></div>
<div>
julguem o que quiserem, julguem-me paneleiro</div>
<div>
Cinderela, palhaço, opressivo que sobe ao poleiro</div>
<div>
e grita do cimo de pau feito</div>
<div>
que este mundo imperfeito</div>
<div>
é uma merda que vocês me deram</div>
<div>
e que recusam se responsabilizar</div>
<div>
que eu no amâgo sou cobarde do próprio medo de mudar</div>
<div>
<br /></div>
<div>
e eu que nem me defino como poeta</div>
<div>
mas como o dedo do meio que no ar se espeta</div>
<div>
decidi poetizar</div>
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<br /></div>
Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-88750327612156367262014-01-31T01:08:00.000+00:002014-01-31T01:14:16.538+00:00TorreHoje sonhei. É raro os sonhos me voltarem à memória mas a marca que este me deixou queimada no córtex, fez-me lembrar.<br />
<br />
Ao início senti que voava, o corpo leve, o vento batia-me na cara e o frio era intenso, mas ao olhar em meu redor apercebi-me que a realidade era macabra, estava parado sobre um precipício, que ao mesmo tempo era ilha, uma torre rochosa elevada uns cem metros sobre o mar. No topo eu sobre um bocadinho de relva pouco mais de um metro de diâmetro, 360 graus à minha volta só enxergava azul. O oceano circundante enraivecido investia sobra a base que me suspendia, a cada onda tudo vacilava, eu, a erva e as rochas. Ao fundo o sol, esmurecia no horizonte, e eu contava os últimos minutos do seu calor, sabia que a noite traria mais incerteza à minha posição. Sentei-me na borda e vislumbrei o apagar da estrela mãe senti que seria a última vez. Durante o crepúsculo as nuvens aproximam-se e com elas a chuva cai. Revolta a maré atacava vigorosamente e eu lá no alto sentia a água prosafanão atingir-me. Terremoto, agarrei-me, mesmo sabendo que de nada valia, eis quando tudo desaba eu, a erva e as rochas, tomba-mos sobre a espuma, na corrente viajei até o ar me faltar, sem acordar. Sobre mim a fúria neptuniana, arrastava-me contra as pedras que outrora me suspenderam, vezes sem fim.<br />
Ai eu despertei, sem desespero, sem sobressalto, limitei a abrir os olhos e no tecto sombras da manhã. Não procurei por ar, não entrei em pânico, aceitei a derrota e abracei a calma.Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-43555279392662805042014-01-26T19:59:00.004+00:002014-01-26T20:04:14.016+00:00Lágrima<br /><br />Eu sei que ai estás. No fundo eu consigo-te sentir, no fundo consigo te tocar, eu sei , eu sei, que isto não é verdade, e a alma doí, sinto que uma agulha rebentou a sua camada exterior e agora palavra a palavra o conteúdo esvaísse no papel, sinto que a morte de tudo aquilo que escrevo é premeditada e oposta-mente impaciente, é como se o meu coração, acelerado, bate-se de encontro a uma pequena agulha alojada nas paredes do meu externo, a cada batimento uma dor invade o sangue, essa dor é bombeada pelo meu corpo e envolve-me num manto escuro, comovido a lágrima ameaça romper, e eu deixo, eu quero que vá que me inunde, que me traga ao lugar seguro que é amuar.<br /><br /><br />No fim quando primo o ultimo carácter é como se um enorme rompimento me tivesse atravessado, e uma dor mantém-se no corpo, é ínfimo, e invisível e eu não sei o que fazer ando ás voltas a contornar fantasmas respiração ofegante, é como se quisesse chorar, é como se quisesse correr, é como se quisesse voar, é como se quisesse dormir, encolher, esconder, murmurar. A dor é tão grande, que provavelmente começaria a correr, desleixadamente, caísse, me enrolasse, me escondesse, levantasse e saltasse, parasse, e ficasse a olhar o céu cinzento, breu, a chova molhar-me-ia a cara e eu ficaria exausto, cansado, e o que sentisse não fosse nada para além da ferida que o meu músculo mais importante contrairia no palpitante, a dormência penetrava o cada membro encoberto de fraqueza.<br /><br /><br />Talvez um beijo ou um abraço talvez isso fosse a cura perfeita, a voz de mansinho a recitar poesia, Neruda, talvez ele provoca-se quadras de razão no soneto que percorreria a minha própria ilusão, encapuçado artista, enrolado no papel da vida sem alma absorto o seu verso seria alegre, porque aos meus ouvidos tudo soaria como choro, tudo seria absurdo e redondo, eu reflectiria algo mais do que eu próprio ao olhar o espelho.<br /><br /><br />E a lágrima devora-me mais do que chuva a lágrima despeja sobre mim mais do que um cientista sobre o microscópio conseguiria ver, a lágrima leva na sua composição tanta coisa, leva tudo o que nos faz melhores, HUMANOS, chorar quando aquela personagem no filme morre, chorar pelo nosso animal de estimação, amigo, familiar, ídolo, tudo isso é normal, e um homem que não chora não sente, é simples, a lágrima é a expressão máxima do ser, a prova que temos mais do que coração, corpo e mente, que temos algo que não se vê no raio-x, não é uma parte do cérebro, não é química, não é física, não é biologia, é a alma.<br /><br />Poema XX, Pablo Neruda<br /><br /><div>
PUEDO escribir los versos más tristes esta noche. </div>
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Escribir, por ejemplo: " La noche está estrellada, </div>
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y tiritan, azules, los astros, a lo lejos". </div>
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<br /></div>
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El viento de la noche gira en el cielo y canta. </div>
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<br /></div>
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Puedo escribir los versos más tristes esta noche. </div>
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Yo la quise, y a veces ella también me quiso. </div>
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<br /></div>
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En las noches como ésta la tuve entre mis brazos. </div>
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La besé tantas veces bajo el cielo infinito. </div>
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<br /></div>
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Ella me quiso, a veces yo también la quería. </div>
<div>
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos. </div>
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<br /></div>
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Puedo escribir los versos más tristes esta noche. </div>
<div>
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido. </div>
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<br /></div>
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Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella. </div>
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Y el verso cae al alma como pasto el rocío. </div>
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<br /></div>
<div>
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla. </div>
<div>
La noche está estrellada y ella no está conmigo. </div>
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<br /></div>
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Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos. </div>
<div>
Mi alma no se contenta con haberla perdido. </div>
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<br /></div>
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Como para acercarla mi mirada la busca. </div>
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Mi corazón la busca, y ella no está conmigo. </div>
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<br /></div>
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La misma noche que hace blanquear los mismos árboles. </div>
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Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos. </div>
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<br /></div>
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Ya no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise. </div>
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Mi voz buscaba el viento para tocar su oído. </div>
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<br /></div>
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De otro. Será de otro. Como antes de mis besos. </div>
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Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos. </div>
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<br /></div>
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Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero. </div>
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Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido. </div>
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<br /></div>
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Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos, </div>
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mi alma no se contenta con haberla perdido. </div>
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<br /></div>
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Aunque éste sea el último dolor que ella me causa, </div>
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y éstos sean los últimos versos que yo le escribo. </div>
Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-62487044511862492432014-01-15T12:30:00.000+00:002014-01-15T12:30:12.725+00:00RaivaAtravés da minha íris, fiquei propenso ao sabor das ondas do mar, suspenso na sua fúria dilacerante, no caso de amar e desprezar, talvez o caso seja que perante mim e a encobrir os meus olhos um manto negro, cego, cor que parte a lógica e guia aquilo que digo e penso, é irracional e palpitante, frustrado, incoerente, ofuscado pelo nada.<br />
A Raiva!<br />
A voz miudinha do mata e esfola, concentrada num único objectivo, numa única personagem, mais grave, muito mais grave, num ser como eu.<br />
Eis quando a minha consciência folheia pelas páginas que o meu pensamento vai escrevendo com letra esquizofrénica , e se apercebe, que todo o meu poder destrutivo é direccionado a uma pessoa, a minha mão congela, cai sobre o meu colo, braço dormente quando a voz grita desesperada "ATACA", berra aos meus ouvidos cada vez mais forte, cresce, este sentimento para si é terra, água e luz, prospera até se tornar incessante, mas eu caído não encontro forças para mais,<br />
Sobre a mesa, sobre o caderno, sobre tudo, sangue, sangue derramado, pergunto este sangue? Este sangue é meu?<br />
A voz indignada responde "Sim", acalma-se, mas continua "cobarde, é sempre assim, sempre, mais uma vez escolhes fugir, mais uma vez escolhes me esconder dentro de ti".<br />
O sangue escorre pela palma da mão e eu incrédulo observo a torrente, como fiz isto? Sem sentir dor? Sem pensar? Sem querer? Um milhão de questões sem resposta correm pelas minhas sinapses na esperança que a dança entre os hemisférios haja réplica ao que acabou de acontecer.<br />
Não é tempo para niilismos tenho que continuar, tento pegar a caneta com a mão esquerda, levanto-a, a minha bandeira e logo sobre mim comportas abertas as palavras que escondi no cofre, dentro do cofre, dentro de outro cofre, numa caixa de madeira pinho pobre, as conjugações pérfidas, de ignóbil valor, vis, ressabiadas, aquelas que considero malditas e maldizentes, agora que se formam na tinta da caneta sobre o papel manchado.<br />
O golpe é profundo da outra palma jorra a seiva que considero vida, levanto ambas e olho-as sobre a minha cabeça em frente à luz artificial, a lâmpada é o meu deus ateu, aquela que apaga a escuridão na noite sem fim, inquiro existencialismo sobre a mesma, porquê? Eu não sou mártir! Mas a raiva é minha, por isso eu julgo-me e com uma celeridade devastadora condeno-me, o turbilhão de sentimentos é chama na fornalha que derrete a essência que há em mim, a minha alma, que começa a ficar irrequieta bem no centro do meu peito, a voz entra em reboliço e em plenos pulmões protesta "NÃO, NÃO, EU SEI O QUE ESTÁS A PENSAR, A CULPA NÃO É NOSSA", agarro com toda a força a espada, os meus membros encarnados não deixam vislumbrar nem um prenuncio de pele, afiada, aponto o meu âmago, o ardor a aprofundar os lanhos nas minhas mãos, sinto cada centímetro, o cortar da pele, o talhar do músculo, o quebrar do osso, o penetrar da alma, o fluxo sanguíneo jorra sobre mim, quente, impaciente, deixa-me e leva a vida, a voz cala-se, e eu encosto-me na cadeira, a esferográfica é ilha em rio vermelho, a cabeça revolve sobre o pescoço e cai para trás, acabo a fixar o tecto, e respondo "A raiva é minha, só minha" vejo de novo, mesmo a tempo de ver o candeeiro acender a escuridão.Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-22092364850975886732014-01-11T00:25:00.000+00:002014-01-11T00:48:05.280+00:00FalívelE quando mordemos o pó doentio da vergonha? E sem saber embaraçado recolho-me na pequena bola da minha maior falha.<br />
Não tenho orgulho nisto que faço por aqui, o blog tem 3 anos, o livro da voz 5, o toma café comigo 6, o memórias está parado à quase 3 intocado, e se alguma vez me promovi foi pelo texto aqui, Re(conhecer), mas pela simples razão de que é mais dos outros que meu, a minha música é uma mancha que apenas trago a baila por gabarolice idiota. Medo talvez, medo de alguém não gostar, medo de ser mediano e não fantástico, medo de o que gosto realmente ser irrelevante e de mais uma vez ser destruído por comentários de gente torta que me destruam a vontade e sabor por fazer isto, mesmo sabendo que qualquer critica que possam tecer, não construtiva, eu consigo dissecar e agarrar pela espinha vil e pérfida de uma forma corrusiva e insultuosa, mas no fim depois de a raiva passar e a poeira assentar aquele que vive dentro de mim cairá na ratoeira de ouvir os meus pensamentos mais inseguros, ele será a esponja de todas as dores e vulnerável outra vez seguirá o caminho cabisbaixo dos seres sencientes revogados à réstia de orgulho primordial dos prazeres simples. E aqui arrisco cair numa contradição mas reconhecimento é ao mesmo tempo algo com que lido não lido bem, não sei me comportar quando me elogiam ou assumo a postura de um snob enfactuado com o seu próprio ego ou de alguém que está sobre ataque cerrado em que cada ponta de enaltecimento é seta no alvo e contorcendo a face em mil e uma caretas de angústia.<br />
Em suma parei na bifurcação mais horrenda medo do falhanço e medo do sucesso, em que a única coisa que teria a meu favor era o facto de puder partilhar com mais de vós aquilo que adoro e possivelmente inspirar uma criatura mais preparada que eu para o criar grandeza, e que eu maravilhado feito fã e mau mentor possa sacudir de mim mérito enquanto me delicio con a vossa obra.<br />
Como sou falível.Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-6468275063882903222014-01-05T16:08:00.004+00:002014-01-05T16:11:36.758+00:00Sejamos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-BHTryRj8wiY/TV8T_q2MDEI/AAAAAAAAAGE/PyYAocfoFOg/s1600/transferir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="http://2.bp.blogspot.com/-BHTryRj8wiY/TV8T_q2MDEI/AAAAAAAAAGE/PyYAocfoFOg/s640/transferir.jpg" width="640" /></a></div>
Fazemos assim, deixa-mos de lado tudo o que não nos impressiona, pousa-mos o pesado fardo que carrega-mos para trás e para a frente, no culminar de toda a desilusão e desce-mos desse poiso doirado, não vamos meter mais santos em altares.<br />
E porque não subirmos Andes, os Pirenéus, os Himalaias, a Estrela e o Pico, partir numa aventura tão épica que o coração palpite feito cavalo de corrida, solto na lezíria.<br />
Façamos da dunas camas, e das camas dunas, explore-mos o mundo sem sermos turistas como se pertencêssemos a todos os locais e o ame-mos como o nosso lar, como se o nosso espaço desaparecesse e se torna-se o espaço de todos tão cheio de tudo.<br />
Que a nossa gastronomia se transforma-se, e o pequeno almoço fosse um "bounjour" em forma de croissant quente, ao almoço polvilhássemos a "saudade" na sardinha assada, com um copo cheio do mais "legal" café para o fim da refeição, e o lavássemos com o "amaro" amaretto para que envoltos em nostalgia pudéssemos apreciar o "Sonnenuntergang" com um chocolate quente a aquecer os dedos, para o jantar ouvirmos "Konbanwa" ao sabor do sake e Soba, e nos deitássemos com o fundo cinzento e melancólico da chuva e um "hello" entornado sobre um copo cheio de guinness ao som do " Where The Streets Have No Name" e ficássemos por ali donos do mundo, do planeta, deste espaço aparentemente infinito mas cada vez mais pequeno.<br /><br />Que por um dia nas nossas palmas a linha longa seja o equador e talvez estejamos acompanhados por uma guitarra de fado a aturdir as mágoas, talvez seja ai que o meu corpo queira estar e parar, comer o ar e respirar os sabores.<br /><br />Por muito português que o BI diga que sou, por muito que me diga que este jardim à beira mar plantado é o local mais bonito do mundo, algo me pede mais.<br />
<br />
"Eu(Tu)"<br />
<br />
De quando em vez<br />
aquilo que és<br />
é fresco e difuso<br />
raro e confuso<br />
<br />
de vez em quando<br />
o caminho onde ando<br />
é travo amargo<br />
de sonho largo<br />
<br />
daquilo que não mudo<br />
sejamos aquilo que queremos<br />
aquilo que vivemos e desejamos<br />
para nós e para o mundo<br />
<br />
ninguém pode ser rei<br />
de definições e de lei<br />
daquilo que sentimos<br />
e no âmago ouvimos<br />
<br />
somos nós<br />
e mesmo a sós<br />
miramos o céu<br />
e gritamos és meu<br />
<br />
eu quero ser<br />
eu sou sem o saber<br />
a terra que piso<br />
que sem aviso<br />
<br />
me viu nascer<br />
me viu sofrer<br />
<br />
me viu saborear<br />
todos os passos<br />
beijos, amassos<br />
que me fez sobrevoar<br />
<br />
asas nos pés<br />
aquilo que és<br />
só te cabe a ti<br />
definir, atribuir, sentir e dizer que sim.<br />
<br />
<br />Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-18994522750378664082013-12-29T02:45:00.002+00:002014-03-27T20:43:33.813+00:00Super Heróis<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-jBZkT5hZFKI/TnHwUgshx5I/AAAAAAAAAJY/tfvarG1kuQA/s1600/P020911_17.04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-jBZkT5hZFKI/TnHwUgshx5I/AAAAAAAAAJY/tfvarG1kuQA/s640/P020911_17.04.jpg" height="171" width="640" /></a></div>
<br />
E se algures, num local pouco iluminado, talvez uma rua como hoje tão fria, que aqueles que lá estão estejam agasalhados de forma a que apenas se vejam os olhos, talvez nesse momento, os intervenientes olhem por entre a fresta de roupagem, e a unica coisa que consigam ver seja uma pilha de roupa desfocada e mal iluminada e pode ser que no meio desse "festival casacal", gritem um para o outro "AMOR", será que isso acontece? Que quando o afecto por outro ser nos permita ver a raio-x, ver para além do que vemos, será que o amor é na realidade um poder de super herói que nem todos podemos ter?<br />
<br />
E se talvez o mundo parasse simplesmente de girar e nesse momento o corpo caísse desamparado, e sem olhar ela o impedisse de cair, para no fim o pedestal estivesse completo com ambos, para que no fim talvez fossem merecedores de uma pequena estátua porque por apenas mais uns segundos, talvez o suficiente para um ultimo beijo possam sobreVIVER ao fim de tudo?<br />
<br />
Talvez numa dessas escolas americanas onde há grupos de cheerleaders e jogadores de futebol, o rapaz gordinho, esteja a ser vitima de Bullying, e de repente a namorada chega também farta de ser vitima, grita em plenos pulmões, "STOP THAT", e ele levanta-se e empurra o bully, será que ela ganhou o sentido aranha e ele força e coragem de um Capitão América e que apenas juntos os poderes funcionem?<br />
<br />
E quando aquele bombeiro salva aquele gato de uma árvore, ou de um incêndio. Ama a Vida?<br />
E aquele voluntário num pais mais pobre que o nosso, sim esses existem há milhões de pessoas a viver bem pior que nós, a ajudar a trazer um pouco mais de HUMANIDADE à vida HUMANA.<br />
<br />
Ai está, talvez quando comecei a escrever isto não tenha vislumbrado para onde isto iria, e vocês ,sejam quem forem, estão a descobrir isto tal e qual como eu descobri. <br />
<br />
Super-Heróis humanos, Amar é algo que activa a glande Super no nosso cérebro. Apesar do cérebro estimulado a super-bock tem o mesmo efeito, com efeitos secundários, nódoas negras, pouco dinheiro, amnesia total das ultimas 24 a 48 horas a partir do momento em que acordamos, o que às vezes é bom, não todos os dias ou fins de semana, o que é bom tem que ser desfrutado com moderação ou vai perder a piada e se viverem até aos 80 anos é muito tempo para estar fudido com o facto de uma boa bebedeira já não ter piada.<br />
<br />
Ah pois é voltando ao ponto, Amar é sobre-natural, à certas coisas que mudam em nós, a força deve aumentar, para que no dia em que se mudem para o mesmo apartamento ele vai precisar de ajuda a carregar os móveis, a visão apurar, para que no dia em que ela se ponha extremamente atraente para saírem os dois possam detectar todas a as pequenas mudanças e aprecia-las porque pelo tempo que elas demoraram aquilo é uma merda que dá trabalho, eu gosto de reconhecimento pelo meu trabalho vocês não?<br />
<br />
Ps.: Visão melhorada também é óptimo para micar os outros "gajos" a despirem a vossa miúda com os olhos, e pensar para vocês <a href="http://www.youtube.com/watch?v=kQClfy_-eu8" target="_blank">"Ando a comer essa dama que nem um dread"</a>.<br />
<br />
O amor tem dessas coisas e de muitas outras, pode ser encontrado por elementos do mesmo sexo, de outras raças, de outros credos, dos mesmos credos, das mesmas raças, é um elemento da vida tão superlativo que é universal, não há barreiras ao Amor, pode haver barreiras físicas à relação mas mesmo assim essas pessoas vão se amar, sendo o melhor exemplo Romeu e Julieta, eu gosto de acreditar que aconteceu.<br />
<br />
Em Suma esta é a minha carta de amor ao AMOR, e aos super's que por ai andam, eu não sou um deles mas ainda à tanto mundo para ver, tanta vida para viver, quando voltar a mim eu saberei pelo seu super-poder mais interessante, o sorriso estupido na cara, aquele que nos faz parecer um bonificado Super-Homem após ter derrotado Lex Luthor em enésimas batalhas, sabendo que o vai derrotar muito mais vezes, quero acreditar nisto, quero que vocês também acreditem, o caminho é fudido longo e sinuoso, e vamos errar, voltar a errar, magoar, ser magoados, destroçados e atropelados, mas que a pequena chama de que talvez exista nos mantenha à tona, por tanto não adianta perseguir fantasmas porque isto só funciona na realidade quando são os dois super, se só um for, isso é mau pode cair no lado negro da força e aquela cena é poderosa, esta foi para os fãs do Star Wars xD.<br />
<br />
Ps.: Se o encontrarem, e não sabem o que fazer a seguir este vídeo vai ajudar: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=yBfYtEy1Ovo#t=26" target="_blank">THE SEX TALK por TomSKA</a><br />
<br />Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-46015737827783326702013-09-08T21:08:00.001+01:002013-09-08T22:30:39.279+01:00Re(conhecer)<div dir="ltr">
Ah como sou tão pequenino, é assim que o mundo me faz divagar, até uma reles aplicação social me remete para longe, e ela pergunta, actualizem os locais que visitou ao fim de umas férias tão curtas, que sádica penso eu, precisaria de quase um ano para digitalizar todas as minhas memórias, um ano inteiro a batalhar com todas as coisas que já fiz, e temo que não chegaria para descrever todos os pratos doces e salgados, os cheiros a orvalho e pinheiro, a flores, a mar, a rio, a estrada até a postos de gasolina, o meu corpo perdesse nestas memórias e em catadupa despeja sobre mim um manancial enorme de recordações, como descrever tudo isto? E o cérebro as voltas moe o trigo e o milho que fazem o pão de 25 anos de história, nos olhos a lágrima ameaça evadir-se e cavalgar pela face, como descrever a felicidade de cada local tão único pelas pessoas que lá passaram, esqueço-me sempre de escrever, feito vândalo, em local provavelmente ilegal "eu estive aqui" mas prendo-me na ideia, que importa para o tempo eu ter estado lá? Que importa para a recordação o terreno que pisei? O correcto era escrever nós estivemos aqui, o correcto era pousar uma rocha de 500 toneladas naquele local pela simples razão, PARA MIM IMPORTOU, sinto que trago comigo tantos nomes, tanta gente que se decidirmos todos parar ao mesmo tempo para beber uma imperial e partilhar uma história a mesa na ponte Vasco da Gama não chegaria, e talvez o tal ano também não chegasse, a minha alma vai cheia mas a minha vontade é de sobrelotar o seu disco rigido, e se ela me deixar aceder a cada risada, a cada momento, a cada beijo doce, a cada abraço, a cada aperto de mão, a cada choro e a cada amargo de boca, eu serei tão feliz, e todas estas pessoas se perderem um minuto a abrir essas passagens e se sentirem tão melancolicamente alegres como eu, e que isso lhes dê um pequeno empurrão nos dias de merda, não porque eles tiveram lá, não porque eu tive lá, mas sim porque nós estivemos lá, e que essa rocha seja âncora, abrigo e farol, que essa rocha seja experiência e marco! </div>
<div dir="ltr">
Não quero aqui estar a meter todos os locais e as pessoas que apesar de merecerem, essas tal como eu podem fazer o duplo clic e entrar nesse espaço sabem quem são, e a noite por aqui começa com o mais belo quarto minguante que alguma vez vi para pontoar este pequeno traço de dedos a espremer os ultimos reles 3% de bateria da minha tablet. Portanto só me resta limpar as lágrimas tocar os lábios com dois dedos e acariciar as rochas como se ainda estivéssemos lá, porque o amanhã merece mais rochas. Sorriam.</div>
<div dir="ltr">
C'est Fini</div>
Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-72530495944746528152012-10-09T22:56:00.005+01:002012-10-09T22:56:56.434+01:00E porque não<br />
<div>
<span style="color: blue;">Não posso esperar por te dizer isto.</span><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
A voz doce é redundante.</div>
<div style="text-align: right;">
Mas ele insiste.</div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: magenta;">Ao que o vais dizer pura e simplesmente ao telefone?</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: blue;">Onde queres que te diga?</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: magenta;">Ao ouvido, devagarinho, de mansinho, de forma especial.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Morde a língua respira fundo e espera, aguarda.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: blue;">A beber um café de manhã apercebi-me o quanto me fazes falta.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: magenta;">Talvez tenha sido por não teres ainda acordado, porque eu estava lá, onde sempre estou, sobre a tua cama.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: blue;">Eu sei, eu sei.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Baixa a cabeça e imagina-a na sua cama, nua.</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: magenta;">Metes-te ao menos açúcar no café?</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: blue;">Não foi preciso, o teu sabor, dos teus lábios adocicou-me tudo o que meti à boca o dia todo.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: magenta;">Eheheh.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Morde o lábio e sorri como se nada fosse.</div>
<div style="text-align: right;">
A rua faz-se escura o sol, já se despedaçou no oceano.</div>
<div style="text-align: right;">
Mas dentro dele arde aquela chama.</div>
<div style="text-align: right;">
Porra Camões o autor não te queria evocar ao caso.</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: magenta;">E achas que o que tens para me dizer eu já não sei?</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: blue;">Sabes? Sabes mesmo?</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Por trás dele a porta fecha-se, ficou quase 1 hora a olhar para a vitrina antes de entrar.</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: blue;">Não sei?</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: magenta;">Não me digas que é algo diferente do que me disseste ontem à noite, parafraseando "Ai amor, Ai amor, Ai meu Deus" mas eu corrigi-te logo "Ai minha Deusa, se faz favor, isso de tares a pensar noutro gajo nesta altura não te fica nada bem"</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Ele ri-se, ri-se muito, a este pequeno desnorte, "flirt" chamam-lhe os anglo-saxónicos.</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: blue;">Não sei se sabes.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: magenta;">Então espera para me veres, sabes onde me encontrar.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Entra no carro a pensar no que comprara.</div>
<div style="text-align: right;">
Não lhe sai da cabeça o teatro de ensaiar o que dizer.</div>
<div style="text-align: right;">
O que fazer, violinista não tem, guitarrista, ele toca umas baladas, vai ter que servir.</div>
<div style="text-align: right;">
Chega a casa agarra na guitarra e dirige-se ao andar abaixo.</div>
<div style="text-align: right;">
Bate à porta do 7ºA.</div>
<div style="text-align: right;">
É isto que lhe sai.</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Oh</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Também te quero</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">E tanto eu espero</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">por te ver sorrir</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">sem sono</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">perco-me num trono</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">és rainha e princesa mesmo a dormir</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">E tanto para lá do que sinto</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Não à palavras</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">De amor</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Para descrever</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">E tanto para lá do que vejo</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">teu olhar e teu corpo</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">O teu ser como és</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Tantas canções que eu podia cantar</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">não me chegam pra te contar</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">que te amo</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">que ainda me encantas</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">e me fazes respirar.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Eu sei que tanto esperas</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">por novas primaveras</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">mudanças promissoras</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">um tanto arrasadoras</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">talvez te devas sentar</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Oh minha deusa</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Lembras-te do que te disse</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Que o meu coração</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">é difícil de domar</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Mas eu estou aqui</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Pra te pedir.......</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;">Pra casar!</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
De joelho no chão, como deve ser.</div>
<div style="text-align: right;">
O anel mais bonito que havia na ourivesaria.</div>
<div style="text-align: right;">
Tinha certeza disso, passar uma hora a analisá-los um a um.</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: magenta;">Sim....... Claro que sim.....</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: magenta;">5 Anos, 5 ANOS, IDIOTA, que outra resposta te poderia dar?</span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: blue;">Não sei, imaginei tudo.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="color: blue;">O bom o mau e o assim assim...</span>.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
Ah Camões, Já agora se me permites.</div>
<div style="text-align: right;">
É fogo que arde sem se ver.</div>
<div style="text-align: right;">
É chama que queima e não se sente.</div>
<div style="text-align: right;">
E talvez um ponto se digne a pura e simplesmente terminar o conto.</div>
<div style="text-align: right;">
Não sem antes, e viveram felizes para sempre.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red;">Ponto.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-66742334584462334182012-10-09T21:56:00.000+01:002012-10-09T21:56:04.924+01:00HomemDo edifício mais alto, coberto de insónia, fixa o homem a bruma das ruas, o atabalhoado trotear das gentes, fixa não por querer ver mas sim porque tal fadiga o mata, e ele fixa, na tentativa de dormir, descansado, só mais uma vez.<br /><br />Na terra em que vivemos, nesta terra, existe um homem, aliás vários homens, que há noite olham por nós, dos edifícios mais altos, dizem que eles próprios construíram, mas é mentira, pagaram a outros homens, e máquinas, e mulheres para os fazerem, estes os homens que estão lá no topo, estão apenas lá porque o sono não lhes toca, são brilhantes, tal como as estrelas, mas querem sempre mais, mais brilho, como o sol, muito mais, para que na sua retaguarda nunca se veja sombra apenas mais luz, estes homens a quem o sono não toca, têm responsabilidade, em relação a todos, mas mais que tudo em relação ao capital, é o que chamam ao dinheiro, eles pensam em formas de fazer mais, eu que olho, com olhos de sonhador, para o alto dos seus edifícios penso que é preciso apenas, papel e uma máquina muito especial para fazer mais dinheiro, tal como tinta, mas eles não eles querem fazer mais sem papel, usam máquinas, e esquemas, mas muitas vezes máquinas, com muitos números, que se enrolam noutros números e dão números maiores, hoje a insónia debate numerários astronómicos, como o sol ou as estrelas, é por isso que vivem em majestosas torres, querem estar mais perto dos astros que tentam encandear com o próprio brilhantismo.<br /><br />Hoje ele olha em busca de ideias, mas morre de sono, com medo que uma jogada errada os faça cair de tal torre, feita por eles, ou paga por eles, eles podem cair, como anjos sem asas, desamparados, caídos de cadeirão tão elevado que trespassa nuvens e toca o limite do céu, a fronteira entre o que é terrestre e o que ao vácuo impiedoso do espaço pertence.<br /><br />As ideias deste ser custam dinheiro, a outros, a todos, por isso ele existe, é filho sem pai, sem mãe, é órfão adoptado por impiedoso capital, razão de viver, crescer mais alto que os outros para então cair, do cimo, sim porque este homem hoje consumido pelo sono e insónia luta por lugar em tal monte Olimpo, luta contra as suas próprias dores para nunca mais voltar a pisar o chão, luta, tal como nós que navegamos sobre a terra, trabalhamos para que ele possa ter ideias, trabalhamos para que ele não tenha que descer de seu pedestal, trabalhamos por mais que comida, água ou electricidade, trabalhamos para pequenos espasmos da vida lá em cima, por vislumbres da vista de tal ser, sem medo da subida ou da queda, mas ele que já está há tanto tempo lá em cima teme, teme por relembrar a tenebrosa relação com a gravidade, e ela ninguém lhe escapa, e tu não serás excepção, ó ser.<br /><br />Cais-te.<br /><br />Do edifício mais alto, coberto de insónia, fixa o homem a bruma das ruas, o atabalhoado trotear das gentes, fixa não por querer ver mas sim porque tal fadiga o mata, e ele fixa, na tentativa de dormir, descansado, só mais uma vez.<br /><br />Homem, eu já vi muitos como tu cair, agora abandonados pelas ruas que caminho com honra de ser humano, pedem perdão e rastejam, puxados pela gravidade, pela realidade, pela terra, pela lama, pela areia e pela pedra que cobre os labirintos citadinos.<br /><br />Não temas, homem, não temas, porque eu, ser que vez de cima, e eu que te olho de volta cá debaixo, estender-te-ei a mão e levantar-te-ei, ajudando-te a sacudir o pó que te cobre, e dir-te-ei que até os anjos caem.Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-38176589663621783722012-10-09T21:40:00.000+01:002013-08-22T20:09:13.447+01:00Transições<p dir="ltr">O velho - Uma nota, só, na pauta não é musica tal qual uma gota não é oceano. </p>
<p dir="ltr">A razão assim prontinha o diz, bem engomadinha a racionalidade é o fraque do que é social o hábito aprumado do ansião a quem o tempo não mais preocupa, a fumar o seu cachimbo no cadeirão em pose pensada e aperfeiçoada ao longo de décadas, presunção de pensar que teria sido tudo num mero acaso, realidade é que esperava por tal situação, ao que o próximo gesto foi forçado, pensado e triturado pela massa encefálica, actor amador que ele é, um pito curvado de mogno e ouro que retirado da boca e apontando para o petiz irritado pela razão que suprema reina sobre o discurso do idoso.</p>
<p dir="ltr">O jovem - A razão que fala também diz que fumar mata, apreguar sem praticar é um desprazer auditivo e moralmente condenável.<br>
O velho - Rapaz, rapaz, vieste até mim em busca de respostas não podes me culpar a mim se na realidade não era o que esperavas, quanto a mim não queres respostas, já as tens, o que procuras exactamente é aprovação.</p>
<p dir="ltr">E recosta-se numa posição de maior conforto pois a artrite estava a pesar sobre as suas costas que em soma com a cruz de uma vida lhe causam dores espontâneas e ensurdecedoras.</p>
<p dir="ltr">O jovem - Porque me daria eu então ao trabalho de aqui vir à procura de algo que sempre tive?<br>
O velho - Negação, uma simples palavra, essa tarefa que te forças-te a praticar é uma coação desse mesmo sentimento, esse feeling se for mais palavra para os teus pastos.<br>
A gaiola que prende a forma vulgar de não se ser ninguém mas querer ser tudo, é gradeada por esse irritante alarme, a negação é o mais puro fruto da aceitação, negamos o que somos na esperança que os outros aceitem o que não somos, mas se mentir-mos o suficiente a nós próprios tornamo-nos exactamente assim.<br>
O jovem - Porque quereria eu a sua aceitação, "old man".<br>
O velho - Chama-lhe dever antropológico ou mesmo social, quem sabe? Milhões de anos dizem-nos que nós "oldies" são quem se deve consultar para aquela decisão que nos tira o sono.<br>
O jovem - Mas...<br>
O velho - Não há mas, e acredita em mim, nem meio mas, deixa-me que te diga algo mais, lamentavelmente aquilo que sou ou que represento é altamente ultrapassado, mas não elimina estes anos todos de ouvidos bem abertos e olhos esbugalhados e observadores. Vocês jovens acabam por ser a minha televisão, rádio e revista, novelo enjeitado de novela, o meu passado e o nosso futuro, mudam os tempos mas não as vontades, essas são camaleões mascaram o nome mas são as mesmas ilusões.<br>
O jovem - Eu não estou iludido, vou mesmo fazê-lo.<br>
O velho - Faz, só tu podes ser o teu próprio dono não eu nem a tua mãe, tudo o que fiz foi pesar essa decisão, expandir a sua magnitude, pois conforme pender a tua decisão as réplicas serão imensas e devastadoras, e após esta conversa a mim só me irás desiludir se fores um cobarde e escolheres apenas por facilitismo sem nunca dormir e sonhar sobre o assunto.</p>
<p dir="ltr">O jovem assim o faz. E adulto se torna, o seu nariz tem novo dono, novo timoneiro, o mar é bravo mas de bravura se enche o peito, remédio escasso para as dores.</p>
<p dir="ltr">O adulto  - Sabes velhote não é com arrependimento que digo isto, mas tinhas razão, o peso é enorme, as milhares de possibilidades serpenteiam a minha mente como prostitutas as ruas, oferecem o mundo sem nunca mo garantirem, mas esta é a tua neta - e levanta o bebé na direcção dos céus - não a conheces-te mas ela vai-te conhecer a ti quando eu for velho, talvez sem o cachimbo que péssimo hábito, porque na terra também és vida, vida que faz crescer, esta semente é forte vem de raiz de embondeiro, esta semente é minha como eu fui tua primeiro. </p>
<p dir="ltr">O jovem agora adulto olha o céu e molha a terra, a lágrima é rio no rosto, a lágrima é dor no peito, olha para a filha olhos de vidro mas um sorriso por inteiro, com 6 meses apenas mas à 9 sem avô, a lage corta o chão como a ferida que nele não sarou, vida nova parece destino assim tinha que acontecer um sacrifício enorme para uma nova vida nascer. Na barriga de sua mãe o avô dedicou e lhe umas palavras, ” não fico cá mais tempo para me dares uma alegria, queria te ver nascer mas que não me vejas morrer, por isso é melhor assim, as palavras já me fogem, grãos de areia nos meus dedos, quero que saibas que sou velho e tolo, casmurro e irritante, serei o teu anjo da guarda e nunca estarei distante, e que a vida é, enfim, desconcertante, mesmo no fim o amor brota em mim, este sentimento abafa a dor e por isso morro feliz, amo-te."</p>
<p dir="ltr">E o velho que morre é vida, vida é brilhante. De bebé cresce o jovem, jovem a adulto transição para acabarmos à mesma sentados a conversar num cadeirão.<br>
</p>
Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-14723722864348041622012-09-09T21:57:00.000+01:002012-09-09T21:57:21.593+01:00 O dano está feito - My Friend Has A Moped<br />
<div>
Partes com convicção</div>
<div>
Desprovida de paixão e a Solidão</div>
<div>
<br clear="none" /></div>
<div>
Leva o teu melhor 2x</div>
<div>
<br clear="none" /></div>
<div>
Enquanto a colecção</div>
<div>
de contos de ilusão</div>
<div>
<br clear="none" /></div>
<div>
Cresce ao teu redor 2x</div>
<div>
<br clear="none" /></div>
<div>
Mas nunca me perdi</div>
<div>
Passo a passo espero esquecer-me de ti</div>
<div>
E se meu coração está desfeito</div>
<div>
O dano está feito</div>
<div>
Não à volta a dar 2x</div>
<div>
<br clear="none" /></div>
<div>
À noite a cabeça não pára</div>
<div>
Nos meus sonhos também se depara</div>
<div>
Com a forma dos lábios de quem provocou</div>
<div>
<br clear="none" /></div>
<div>
Mas nunca me encontrou 2x</div>
<div>
<br clear="none" /></div>
<div>
E quando a voz se vai</div>
<div>
Rouca e cansado do que não sai</div>
<div>
No silêncio és a faca que corta e que mata</div>
<div>
<br clear="none" /></div>
<div>
O que quero dizer 2x</div>
<div>
<br clear="none" /></div>
<div>
<div>
Mas nunca me perdi</div>
<div>
Passo a passo espero esquecer-me de ti</div>
<div>
E se meu coração está desfeito</div>
<div>
O dano está feito</div>
<div>
Não à volta a dar 2x</div>
</div>
<br class="Apple-interchange-newline" />Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-43773300775005041542012-07-26T19:18:00.000+01:002012-08-15T10:19:52.318+01:00Weird Feelings Part OneWell I usually try to avoid writting long texts in english because the flaws start to pop up now and then, but it is trully a great way to train and test my knowledge of the second language I know, I'll try to avoid the spelling checker so if anyone finds a loose end tell me so I can learn a little more, by the way and being completly honest with you, I kinda need to write this and don't want someone to read it, so that's the real reason for me to writte in english. Weak ass, I know. Here it goes.<br />
<br />
Everyone that walks accross your path. Chances are they teach you something. In rare cases they leave a void or a huge mark in your soul like a super hot brand leaves a mark in a bulls skin, by mistake we let them do that to us, we start to break apart all those defenses and barriers in wich we hide ourselves the next thing are deepest secrets and feelings that are spilled out and before you know it you are like BP oil spill, all over the place and uncontrolable, then it comes the fucking branding iron that you kinda walk into and push against yourself, a deep recessed fetish we must have to let someone else burn us. Is there a way to avoid that? Not really. I answer. And then a choir of voices scream yes there is, hipocrits, are you telling me no one, absolutly no one did this to you?<br />
Of course someone did, for better or worse now you walk around with a tear in the corner of your eye for the pain you felt when that happened and that hugely monumental weirdness when you see that person again, you tremble from the inside and you feel your guts being tossed around, thats the little angry kid inside you expressing is feelings he tosses around and breaks everything on is path, then it grows inside your stomach and starts to come up, oh you can try all you want to suppress it by swalling your own saliva by then it's gonna be fucking uselless the weird feeling as taken control, you kinda stuther can't think of anything usefull to say and you stay inside the box of small talk, until you pop that stupid question that is 99.9999999999% of the time "Yes, I am really happy", oh gosh you did it, you thrown yourself in front of the bus, that's an understatement let me try again, you thrown yourself in front of a bullet train next stop 900km from where you are and that little child just punched your heart like a rotating punching ball. Now you gonna be swalling on dry, and you realise holly shit you are most certainly a sucker.<br />
Well I know I am one so doesn't really mather, in fact won't do a difference I will keep doing the same mistake, over and over, an endless cycle, should I be blamming the universe, my parents, myself? None of the above an Croatian singer/MC sometimes chants into my ears the words "I saw the world trough new eyes, reached out and found a friend, I touched a soul and gave my whole, I'll do it all again, the little things that fill my heart I'll bring it with me when we part" and in truth I do not regret it, in truth I do, the head spins around the idea if I did something different, well let's think about it if we where a completly different person do you think that could even started, or maybe we would pass it and did not even notice what could happen, then that same choir says we would be happier, hell no, you would be more miserable, because for a week, a month, an year, you were happy, free, not wearing the heavy burden of the armor around your heart, mind and soul, and why would you want to kill the "sadness on the verge of climbing trough, don't you try and fix it why would you do that, how beatifull when sadness turns to song", thanks David, and like this getting away with the spelling errors I made, I want the choir to say I'm right! No? Ok, the weird feeling is gone, the cure is doing something that makes regret only not ever getting a reason to face this feeling, and the brand heals into a permanent red mark under your skin, into a collection of memories that are good, bad and simply stupid, and about the bullet train just ride along smile back and think maybe someday will be your turn and others happiness is as important to the universe as your own.<br />
<br />
Adeus.. Até à proxima... Ces't FiniDiogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-31428391522195458602012-03-17T18:25:00.000+00:002013-07-19T18:18:54.855+01:00Cafés Feios: LabirintoOlá. FODA-SE... Que foi desta vês? Que queres a este Gajo? Talvez um pouco do ópio que faz Dele um homem de alma cheia, mas a escolha de hoje está dentro do teu roteiro, não sei do que te queixas. Sim, fica, mas não estás aqui por que eu quero mas sim porque precisavas de algo Dele. Sim, tal como tu estás aqui porque precisas de algo.<br>
<div>
<br></div>
<div>
Nisto aproxima-se uma rapariga "Brasileira" e ela pede um Porto antes que ele peça o simples café.<br>
<br>
<br>Humm qual é a tua ideia? Aturar-te, aturar as tuas idiossincrasias e os teus pseudônimos. Sou assim tão difícil de aturar? Não, mas... Mas? Mas o quê? Porque raio preciso eu de ti? Não sei, quem melhor que tu, para responder a isso?</div><div><br></div><div>Ele como de costume sereno, o mundo passa-lhe ao lado, ela stressada com o impetuoso rolar planetário, e o silêncio vigiado por uma Pessoa, perpetuasse entre os dois.</div><div><br></div><div>Então? Então o quê, não me piques o cérebro por favor hoje o dia foi horrível. Isso é uma falácia, o dia está bonito, radiante e quente. </div><div><br></div><div>E a rapariga "Brasileira", serve os portos e espera de mão esticada pelo pagamento, nisto ela pega no copo e de rompante trata do liquido, o típico "pênalti".</div><div><br></div><div>Eu quero mais dois e traz também seja o que for que ele quer.</div><div><br></div><div>A rapariga com um olhar aterrorizado olha para ele à espera do pedido, ele tal e qual como chegou não afectado pelo espectáculo apenas sorri.</div><div><br></div><div>Então quero mais um porto, e se não se importar antes de ela agarrar os três copos passe primeiro por aqui com a bandeja que eu sirvo. Decidiste agora ser cavalheiro? Não, cavalheirismo, é uma jóia inútil, estou com medo é de passar a seco, e no meio de tantas interrupções o essencial ficou por responder, mas o quê? Sexo, pronto mais feliz? Morres sempre num assunto cuja discussão morre e se trata só e apenas com a acção, estou mais interessado na dúvida latente que te faz comportar como uma humana e não um robot executivo. Agora dominas-te a razão e decides me insultar, tu uma pobre desculpa de escritor desregrado e infame? Se discutimos infâmia sinto-me bem acompanhado por ele, eu sei que me consegues ver para além do que ganho, eu sei que lês com a visão irracional da alma, esses insultos não esquentam nem me arrefecem. Ora bolas.</div><div><br></div><div>Eis que se aproxima a "brasileira" com os três copos de Porto, aproximasse dele e estende a bandeja, ele tira um para si e serve os restantes a ela, que os emborcou no piscar de olhos e sai de rompante com todo o dramatismo que tais cenas merecem no cinema.</div><div><br></div><div>VAIS EMBORA? </div><div><br></div><div>Ela simplesmente estende o braço ao ar como resposta, e afastasse rapidamente.</div><div><br></div><div>Olha pronto parece que esta pago eu, quanto é? Ora quatro portos, dez euros. Bolas, quanto é cada um? Dois e meio!</div><div><br></div><div>Ele tira da carteira, uma nota de dez solitária, estende-a com vagar e dá à "brasileira" com pesar que se afasta a passo largo. Ele virasse para a mesa ao lado.</div><div><br></div><div>Isto no teu tempo era mais barato não? Pois claro também eras um teso, bem mais vale apreciar a pinga já que vou a pé para casa.</div><div><br></div><div>E ele na mesa ao lado imóvel observa os turistas, os alienígenas e os alfacinhas calçada acima, escadas abaixo em direção ao metro.</div><div><br></div><div>"</div><div>O AMOR, quando se revela,</div><div>Não se sabe revelar.</div><div>Sabe bem olhar p'ra ela,</div><div>Mas não lhe sabe falar.</div><div><br></div><div>Quem quer dizer o que sente</div><div>Não sabe o que há de dizer.</div><div>Fala: parece que mente...</div><div>Cala: parece esquecer...</div><div><br></div><div>Ah, mas se ela adivinhasse,</div><div>Se pudesse ouvir o olhar, </div><div>E se um olhar lhe bastasse</div><div>P'ra saber que a estão a amar!</div><div><br></div><div>Mas quem sente muito, cala;</div><div>Quem quer dizer quanto sente</div><div>Fica sem alma nem fala,</div><div>Fica só, inteiramente!</div><div><br></div><div>Mas se isto puder contar-lhe</div><div>O que não lhe ouso contar,</div><div>Já não terei que falar-lhe</div><div>Porque lhe estou a falar...</div><div>"</div><div>Fernando Pessoa</div><div><br></div><div>No ar um cheiro a mar. Ces't fini.</div>
Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-20650646744467452612012-02-26T17:10:00.002+00:002012-02-26T17:12:57.256+00:00CriaturasÉ tarde muito tarde, é evidente pela noite que me devora nas sombras aqui deitado, sinto as pálpebras com um peso enorme, uma névoa espessa ofusca-me os sentidos, o corpo pede pelo mundo dominado de sonhos naquelas portas que se abrem de mansinho quando os globos na sua órbita reviram e olham para o interior sombrio das nossas mentes, salvaguarda à navegação nesse espaço invocado pelo profundo descanso, nem tudo o que trás é bom, eu sei que por mais que tentes acreditar dúvidas da minhas palavras, eu sei que tu sabes, porque eu te disse, que dos sonhos, a maior parte não me lembro, mas que os que me lembro gravam-se sob a retina e são visíveis em pleno esforço laboral diurno, o velho no parque, a ponte sobre o rio, o fim que no fundo desejava para aquela noite, os sonhos e por fim os pesadelos são a nossa derradeira chance de enfrentar-mos outro mundo antes de voltar-mos a rotina que nos massacra na realidade, portanto lançamos-nos sobre eles cheios de fé, cheios de esperança que nos tragam prazeres mil o escape dos pobres de amor, dos que notam ausências dolorosas do outro lado da cabeceira e dos que nunca o experienciaram mas que activamente o desejam.<br />
<br />
Os sonhos são sacanas, às vezes carregam-nos para outros lugares nojentos que nos lembram de todos os horríveis erros que comete-mos, o subconsciente é um filho da puta encapuçado que finge que na realidade está lá para nos ajudar mas espicaça-nos ao limite do desespero ao abismo complexo das nossas próprias capacidades cognitivas, somos escravos dele, dele do desejo , do prazer e das manipulações externas, contra esses elementos estamos completamente desprotegidos e arranja-mos mil e uma formas de racionalizar esses vícios que transporta-mos do berço à laje . Contudo e sem perder o fio à meada lá me deixo eu cair desamparado à mercê desse judas que vive dentro de mim em maquinações para se apropriar do meu corpo e consciência, aterro algures que por momentos até pensei ser o paraíso, o chão suave com erva fresca com água a correr, mas depois rapidamente veio à ideia que se aquilo era o paraíso esse deus perverso, sim escrevi deus sem capitular o d, processem-me, esse deus sádico não teve a puta da decência de me dar um par de óculos ou curar-me desta miopia irritante que me faz viver um mundo de disformidade s e cores esborratadas. Sádico do caralho, não tenho nada de bom para dizer sobre ti, foda-se, mas mesmo assim estando eu em algo que considero até agora a terra prometida, julgo eu que do sitio onde somos deixados até às portas onde se encontra o outro senhor, ainda temos uma caminhada para executar ao que dou os primeiros passos desconfiados e sigo o meu caminho, ao quinto ou sexto passo, cai, sim cai não me olhes dessa forma, cai dentro de um rio, esse teu deus palhaço, um rio gelado onde após o "splash" e o frio quase me chocar e quebrar a espinha começo a debater-me na procura insana de pé e um pulmão cheio de oxigénio, quando acho uma plataforma para que consiga ter parte do corpo fora de água e respirar, olho em frente e de repente vejo uma dessas formas que a minha doença ocular não me permite definir de todo, portanto esse algo sem linhas, ao que me parece ser na realidade uma criatura que chora e murmura, apercebo-me que de facto o riacho que quase me afogou é criado por ela, uma torrente de lágrimas jorra de algo pequeno azul, aquele azul gelo glaciar, por isso as temperaturas sub-zero naquela área, Porque choras tu? Inquiri eu. Porque sou o desgosto, choro porque sinto dor, choro porque apenas choro, em tempos soube a razão de tal mágoa, mas hoje desconheço a razão que me levou a chorar, choro porque sinto um frio enorme que gelou a minha alma. Então porque não paras? Não consigo, ainda doí tanto. Mas o que doí? TUDO. Tal e qual uma criança que petulantemente se dedica apenas a chorar por qualquer razão , esta criatura perdeu-se nisso mesmo no choro, algo um dia lhe gelou o e deixou uma cratera profunda no peito mas nem isso se recorda o choro tomou conta do desgosto, e transformou-se em gelo e rio, até estalactites de gelo apontam na direcção gravitacional. Mas ouve-me, Desgosto, tens que parar. NÃO CONSIGO, CALA-TE. E nisto um novo surto de choro desperta, e o rio aumenta abruptamente, perco o pé e desço com a corrente que se tornára mais forte. Rebolo no fundo desse riacho, até cair de novo, numa cascata, aterro na água, agora parada quase estagnada, chego à margem e subo as rochas vagarasamente, pesarosamente, sinto uma fonte de calor, da qual me aproximo desesperadamente, poderia secar-me e aquecer o corpo quase a entrar a em hipotermia, a cada passo, arrastado o antipático calor que sentia tornava-se cada vez mais ardente, mais pretensioso, ao que decido parar, estava quente o suficiente e a roupa começava lentamente a secar sobre a minha pele. Eu pensava que estavas com frio, no entanto páras e manténs a distância, aproxima-te eu não mordo, com muita força, ahahah. A fonte de calor é na realidade outra destas criaturas, vermelha, como se o sangue lhe corresse nas veias em ponto de ebolição, aproxima-se e eu como se fosse um termometro de mercurio sinto a diferença e dou um passo atrás. Afastas-te? Maricas. E nisto ergue-se e berra, altissimo, esta criatura emana um fogo de tamanha dimensão que o lago atrás de mim começa a evaporar-se rapidamente. E tu que berras quem és? Eu, ahahah, não sabes, cheiro o teu medo, mas sei que me conheces bem, e que a mim já cedes-te algumas vezes, sou o mais quente de todos os sentimentos, o mais poderoso, sou adrenalina, hormonal, SOU A RAIVA. Algo em mim tenta-me empurrar até ele, algo em mim que conhece esta Raiva, não a mesma parte que sentiu pena pelo Desgosto, não era certamente a mesma parte, o Desgoto ainda aparentava ser um humano, esta criatura protentuava-se como algo definitivamente diferente, uma espécie de dragão vermelho com pele feita de lava, fumegante, abrasivo, o espaço a sua volta tornare-se cinza, tudo o que fosse vegetação tinha ardido, a única coisa que impedia esse fogo de alastrar era o lago criádo pelo Desgoto. E porque sentes tu Raiva? Não se sente logo, ahaha, estás a mangar comigo, PAREÇO-TE TER CARA DE ALGUÉM QUE GOSTA DE BRINCAR? Eu penso para mim foda-se, estas criaturas e os seus dilemas e frases cheias de pequenos puzzles e enigmas endicifráveis. Deixa-me adivinhar também não sabes, desde que de certa forma entras-te em erupção? Eu sei, eu sei, mas aqui todos temos razões diferentes, e na realidade pensa bem onde estás, e se o seguimento de CRIATURAS, como nos chamas, não te parece familiar? E nisto a tatuagem que tenho no braço começa a queimar, incandescente, uma dor horrivel apropria-se do meu corpo. Estou a arder, é culpa tua? PENSA ESTUPIDO, QUEM SOU EU? A medo subo a manga da camisóla, e vejo o nome escrito a virar magma. Começa a fazer sentido ESTUPIDO? Meto o braço dentro do lago para que o fogo em mim acalme, para que eu em forma de vulcão não entre também em erupção. Sim faz sentido, eu estou na realidade dentro de mim, eu enfrento o desgosto indo buscar forças a alguém cheio de raiva dentro de mim. Exacto, devias o deixar sair, para brincar-mos, eheheh, ele é bem mais forte que tu, sua triste figura de humano, QUANTAS VEZES JÁ NÃO TE APODERAS-TE DE MIM COMO SE FOSSE TEU ESCRAVO EU NÃO SOU ESCRAVO DE NINGUÉM! Nisto a água sobre o meu braço começa a borbulhar de forma insana, a tatuagem começava a ferver a água tinha que me afastar, tinha que correr, mergulho nado até à outra margem e começo a correr. FOGE, ÉS SEMPRE O MESMO. O braço começava a sanar, mas o que ele disse faz sentido, na corrida a floresta intensifica-se, e sinto uma ao meu lado a correr à mesma velocidade que eu, como uma sombra que não era minha, paro, esta criatura continua a correr, mas volta a passar por mim, mais uma e outra vez, eu parado observava-a, corria em circulos quase me orbitava. Estás perdido? Pergunto eu. Não sei. Responde ofegante, esta criatura cinza, desculorida, parece procurar algum caminho definido mas nunca encontrar, volto a correr em frente, ela acompanha-me de novo, mas volto a parar e a olhar à minha volta, também eu parecia ter descrito um circulo à volta do vazio, penso para mim gritar um foda-se bem áudivel, mas aquela criatura antecipasse. FODA-SE. Eu ia dizer isso mesmo. Ias? Sim, porque andas às voltas tu? Estou perdido. E nisto esta criatura aproxima-se devagar, começo a distinguir-lhe os detalhes, é uma criatura bípede mas mesmo próxima continua com os tons de cinzento de uma sombra, a única cor que destoa em todo o seu corpo são os olhos, brancos, brilhantes, cegos, aproximo-me e passo-lhe a mão à frente dos olhos para perceber se consegue ver o movimento, e nem uma reacção. És cego. Bem... Ele sorriu e o que deu pare entender que no lugar da boca sustem apenas um vazio. Cego não sou, apenas não vejo, tu também de certa forma o és, aproximas-te para vislumbrar e definires-me, eu sinto o teu bafo quente a rondar-me como um beija flor sobrevoa a flor mais sumarenta. Ahah sim tenho miopia. Toma deram-me isto à muitas noites mas em nada me ajudam. E deu-me um par de óculos. AHHHHHHHH. Grito, seu deus filho da puta existem seres melhores que tu. Ele ri-se de novo. Que procuras tu? Aliás como te chamas tu? Eu não sei o que procuro à muitos amanheceres que acordo sabendo onde estou e perco-me ao anoitecer, quando a brisa se torna fria, não sei o que procuro, chamam-me por muitos nomes, Sombra, Caminhante, Sem Norte mas o meu nome é Frustração. Pois conheço-te bem demais. Bem à gentes aqui com destinos piores, apelidos piores e forças mais maléficas, tu, sinto que também tens um pouco de todos esses por quem passei, inclusive um pouco de mim, és humano. Sim. Muitos de vós passaram por aqui, alguns tranformam-se simplesmente em Desgosto por não encontrarem a saída e não voltarem para suas amadas, outros em Raiva por sentirem que a ilha é injusta, outros ainda correm dias e noites e morrem em sombras de Frustração. Tal como tu? Não sei, só me lembro deste galopante sentimento que se apoderou de mim, e assim fiquei solstícios sem fim. Sabes se à saída daqui? Certamente que há, os ventos não são daqui, tento segui-los, mas mudam, e outras criaturas tentam amansar a essa brisa. Hummm. Talvez deva ir então? Sim, eu também vou, naquela direcção o vento vem dali. E começa a correr até o perder na folhagem da floresta, sei bem este sentimento, tenho que me controlar para não ter mesmo fim que todos os membros anteriores da minha espécie que por aqui passaram, respiro fundo e a passo largo sigo através do ar fresco que me é soprado do interior do mato mais denso, agora consigo ver tudo o que me rodeia, pequenos trepadores que se elevam nas árvores, acelero um pouco o passo, quando de repente. Vê por onde andas. Desculpa não te vi por entre as folhas, quem és? Um corpo feminino, humana. O meu nome a ti não te importa, de qualquer maneira qual é o teu humano? Mesmo sem reciprocidade, voluntario-te o meu nome, Diogo, estás perdida também aqui? Não sejas idiota eu sou a rainha destas terras. Claro, retiro o que disse portanto. Fazes bem. És humana? E nisto um desses trepadores que antes vira, sobe-lhe para o ombro e ali fica a observar-me. Boa pergunta, serei? Aparentas ser. A criatura no seu ombro grita, e mais como ela rapidamente aparecem por entre as folhas das árvore, pequenas, acastanhadas de olhos brilhantes, emanam um brilho metálico que adorna tudo à sua volta, tipo cobre, os olhos do ser que sobre o seu ombro me observavam brilhavam mais que de todos os outros, tento me aproximar desse e um pequeno raio que mais parecia derivado de uma bobine de Tesla ataca-me nos óculos provocando uma pequena faisca, dou um passo desamparado atrás e afasto-me, ela ri-se. Não consegues lidar com um pouco de electricidade? O teu corpo certamente esconde a polaridade negativa que tens. Nisto começa a despir-se, e uma fenomenal mulher vislumbra perante mim, dou outro passo em frente e desta feita dois choques que não me provocam recuo, resisto à dor pensando que o beneficio de a possuir seria bem maior. Vem! Diz ela com voz doce, mais um passo e desta vez o choque foi muito maior bem no meio do peito, sinto o meu ritmo cardíaco acelerar demasiado rápido. Estás com medo, Diogo? Não mas diz-me o teu nome. Aproxima-te e digo-te ao ouvido. Respiro fundo e sinto um déja vu, o meu coração a mil à hora do choque e da excitação que neste momento inunda o meu sangue der hormonas, no entanto a torrente sanguinia transporta agora mais oxigénio ao meu cérebro, esse sentimento que reconheço, arde dentro de mim, mas o meu pénis troba dentro das minhas calças e propela-me a mais um passo, um enorme trovão atinge-me de novo no peito, arde, arde tanto, o meu corpo desfalece e caiu de costas no chão. Hihihih, Diogo, Diogo, Diogo. Ela ri-se em surdina e abana a cabeça devagar, levanto-me, sinto a electricidade navegar nos meus ossos completamente fragilizados, na minha cabeça vozes gritam o meu nome. EU SEI QUEM TU ÉS. Ai sim? Sim, sim, tu é as Lembrança, a Lembrança de Amor antigo, não dou mais um PAssoooo.... Um relâmpago vindo de todos os outros seres que se encontravam nas árvores cai sobre mim com uma força indomável.<br />
<br />
Acordo uma luz ofusca-me os olhos, ouço muito ao longe o meu nome e um corpo cai sobre mim, o meu peito enche-se de ardor e grito, e tusso, e grito mais um pouco, o corpo rapidamente sai sobre mim ao ver a minha angustia e dor, um berro de outra sala vocifera que ainda estou em recuperação, olho à minha volta, não vejo aquela mulher, só humanos, acho eu, mais uma vez faltam-me os óculos, esse corpo, essa pessoa que caira sobre mim chora de felicidade e rapidamente aproxima um par de óculos ao alcance das minhas mãos, meto-os, e começo a reconhecer rostos familiares, sento-me devagar, a rapariga que antes me tinha provocado imensa dor agora aproxima-se devagar, abraça-me. Es...tás Bbbb...em? Por entre um gaguejar de soluços diz ela com voz preocupada. Tive o sonho mais estranho. Entra um médico que se ri ligeiramente. Não me digas que viste a luz? Não. Pois, estás cheio de sorte, quase morreste num acidente de mota na A2, tivemos que te trazer de volta, gastas-te bastante electricidade ao hospital, vai-te sair caro, portanto da próxima vez que andares atrás de memórias pensa bem antes de arrancares com uma mota, já agora é uma bela Ducati, digo antes era, e deixas a namorada aqui horas a fio feita carpideira no hospital a preocupar-se contigo, não entendo porque é que um jovem como tu renega tudo o que de bom tem para seguir sombras e fantasmas do passado. Exacto, às vezes deixamo-nos consumir e possuir por esses sentimentos sem olhar para o que de bom temos. Sim, bem de qualquer das maneiras pareces bem podes sair mais logo à tarde, já não nos devemos ver mais, mas daqui a um mês voltas para te tirarem o gesso, até uma próxima, bem vindo de volta, essa ilha que é a morte é difícil de escapar. Deito-me e por um momento descanso.<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="PT"><o:p></o:p></span></div>Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-35460439401973284012012-02-16T18:26:00.000+00:002012-02-16T18:52:32.163+00:00Cafés Feios: Esplanada<br />
<br />
Olá. Olá. Portanto mais uma vez tu, sim tu, porque só tu me fazes sair da minha zona para andar 10km nas ruelas meio perdida e vir ter a uma esplanada no meio da rua, no meio da passadeira, numa esplanada ligada a uma tasca? Isso significa que sou importante. Julgas-te. Então explica-te, o que te fez fazer esses quilómetros. Há razões que a razão desconhece. Dirias que na realidade sou a tua unica ligação ao mundo a sério que no alto da tua torre de escritórios e nas pastelarias gourmet que frequentas com as tuas amigas, tanto ignoras? Não eu vivo no mundo a sério, ao contrário de ti que procuras nas páginas o mapa de coisas que a ninguém, de hoje, importa, e pensas que aqui no meio das gentes mais simples que vais encontrá-lo? Estas pessoas não se esqueceram dessas coisas.<br />
<br />
<br />
E nisto disponho 1.20 euro, para pagar dois cafés.<br />
<br />
<br />
Para além disso o café aqui é mais barato. E pior, mal tirado e basicamente uma das três coisas que aqui vendem, café, vinho e cerveja. Que mais precisas tu num café? Um cappucinno, um bolo, nem que seja um reles pastel de nata. Já viste a complexidade dessas coisas? Como assim o que tem de complexo um bolo e um cappucinno? Quando entro num sitio com essas coisas todas perco-me, como me perco na multidão dos centros comerciais. Sim eu sei por isso é que só sabes o caminho para duas ou três lojas de roupa e para as livrarias. Exacto, que mais de interesse pode albergar um centro comercial? Restaurantes, boas lojas de roupa, cinemas. Restaurantes também há aqui sem precisares de ir buscar as coisas num tabuleiro, nem esperar em filas, nem com todas as restrições ao meu tabaco, aqui sento-me, como, bebo, rio, falo e fumo o meu cigarro, para que servem então os restaurantes nos centros comerciais? Vai lá mais gente do que aqui. Claro as pessoas tal como tu esqueceram onde isto é! Porque isto é feio. De certa forma tens razão, de certa forma, mas a beleza está nos olhos de quem vê, e na realidade as pessoas deixaram de ver, deixaram de apreciar a simplicidade. Nos olhos do mundo isto é feio. Incomoda-te a simplicidade? Claro, o mundo só tem forma de avançar e não de regredir no tempo como tanto aprecias. O problema é que o sentido de simplicidade é mais complexo do que o princípio simples e robótico da modernidade, a alma é coisa sem vectores tangíveis. A alma, a paixão, isso é coisa dum mundo passado. Tens razão hoje em dia as pessoas procuram ser eficazes em tudo o que fazem e não ter paixão ou amor. Claro. É isso que procuras eficazmente em mim, sugar-me a paixão, a alma e o amor, coisas que sentes falta e não entendes bem porquê. Eu não procuro isso em ti, quanto muito o sexo, esta relação disfuncional, não emerge em pensamento de amor. Enganas-te eu não te amo, mas ao mesmo tempo, talvez o faça sem saber, tal como tu, quando antevês no espaços que deixo em aberto mais um beijo ou uma caricia. Esse vazio, é vazio da tua cama, da tua almofada, é sitio que não procuro mas que encontro, serás tu que és muito fácil em tal aglutinação. Não eu escrevo amando, amando profundamente as personagens que nem o seu nome sabem até eu lhe o atribuir. E tu sabes o teu nome? Não confundo o meu com o teu, e os deles, e os dos filhos que não temos porque deixas-te essa fome maternal enterrada nas areias movediças desse mundo que tanto idolatras. Eu tenho fome maternal, tu é que não és material paternal. Tens razão ensinaria o amor e a paixão, e todas essas coisas sem formulas matemáticas aos teus filhos, coisas que tu não queres que eles aprendam, para que depois não te arrastem para este mesmo sitio, ainda mais envelhecido mais feio. Exacto, quero que eles me arrastem para a broadway não pelas ruelas sinuosas desta capital de império de areia e pedra. A nossa capital, a cidade que nos viu nascer, e que por muito que te custe beijas com saudade no céu a cada viagem transatlântica para essa eléctrica Nova Iorque, e que abraças com vontade cada vez que olhas as praias da Costa da Caparica na aproximação à Portela. Que sabes tu disso, tu que nada sabes sobre mim e que apenas pensas que sabes. Leio-te nas buscas por estes cafés feios enquanto te espero, no desespero das tuas mensagens rápidas quando te deparas com a possibilidade de não achares a cadeira onde o sol te banha agora. Tu lês-me, ou pelo menos achas, porque o meu corpo para ti deve estar noutra língua, das poucas que não entendes. Não está o teu corpo simplesmente se enche de paixão e vibra sem padrão definido, o teu corpo deixa de ser teu e o meu deixa de ser meu, passa a ser nosso, e essa língua, só é decifrável aqui, nesta esplanada no brando calor que provém da chávena, em que tu dúvidas de cada palavra minha, e sem irrefutáveis argumentos me consegues explicar o que aqui fazes.<br />
<br />
<br />
O olhar de quem nega aparentemente o que digo e o silêncio de quem nada tem mais para dizer.<br />
<br />
<br />
Vamos embora? Deves precisar de boleia para casa tu, quando cresces e tiras a carta? Quando deixarem de haver cafés que desaprovas e achas feios.Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-62951309387698578292011-12-17T23:37:00.000+00:002011-12-18T00:13:24.888+00:00003 On The Move<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://lh5.ggpht.com/-uQwuLgJasfU/Tu0uTjAFkyI/AAAAAAAAARk/z_1a7w6WKPo/P010911_02.32_%25255B02%25255D.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="http://lh5.ggpht.com/-uQwuLgJasfU/Tu0uTjAFkyI/AAAAAAAAARk/z_1a7w6WKPo/P010911_02.32_%25255B02%25255D.png" width="640" /></a></div>
<br />
E assim sem razão aparente arrombas a porta dos meus sonhos, fechando-a à tua passagem, que cruel victoria tens tu sobre mim que indefeso me perco nas amarras do dilema será na realidade um sonho ou enfim um pesadelo, uma tortura e um prazer, tocar os teus cabelos e sentir o seu cheiro traz-me água à boca e lágrimas aos olhos, confesso a minha fraqueza pois não me agarras, deixas-me solto até me incitas a fugir, reconheces o mal que me fazes, sabes-o tão bem, mas os meus lábios procuram os teus, enquanto o meu âmago berra persistentemente para fugir.<br />
Sinto-me a afogar, o teu beijo suga a vida de mim e eu acordo, atordoado, passo a mão pela cara e sinto suor e lágrimas.<br />
Sento-me na cama e sinto o peso dos meus braços caídos sem força, a grande esforço levanto-me aproximo-me do espelho e reviro os olhos ao pensamento que me ocupa a mente. DEVIAS TER FUGIDO.... Pois devia. Mas escravo sou e a paciência para colar todos os cacos do coração que partido deixas-te escapa-me.<br />
<br /></div>Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-58473314587943418882011-11-24T13:31:00.001+00:002011-11-24T13:36:15.447+00:00Best of Me Part. 8Words I Never Said by Lupe Fiasco, shout out to him, well he fired me up and I just got his beat and did the rest. Hope once again you like it would be the last time I got a lyric up before moving to Netherlands to work so this a bit about how life in Portugal feels like and a final word before this move...<br />
<br />
Original Song<br />
<br />
http://www.youtube.com/watch?v=22l1sf5JZD0&ob=av3e<br />
<br />
Beat<br />
<br />
http://www.youtube.com/watch?v=dND4y3uXLVg<br />
<br />
<br />
<div>
Born on fallen country<br />
<br />
all of Europe want us to burn away<br />
<br />
looking out for their money<br />
<br />
no one wanna help today<br />
<br />
now I gotta move<br />
<br />
now I gotta run<br />
<br />
while Sarkozy and Merkel say that where done<br />
<br />
they call it a union<br />
<br />
so why not act as one<br />
<br />
this Europe is not passion<br />
<br />
after all is just a fling<br />
<br />
while Milan lives with fashion<br />
<br />
some of us have a dream<br />
<br />
we lack the great leaders<br />
<br />
we lack the peace makers<br />
<br />
Athens eaten by fire<br />
<br />
we have no fire fighters<br />
<br />
such amazing countries<br />
<br />
so why should people die <br />
<br />
hungry for some pie<br />
<br />
angry for no change<br />
<br />
getting hopes up that this is just a phase<br />
<br />
banks going crazy that the money is not enough<br />
<br />
that the rules are too much<br />
<br />
but the lack of their control got us here in the first place<br />
<br />
and if democracy open is mouth they show us their ugly face<br />
<br />
in reality their Moody's<br />
<br />
and we are getting Poor's<br />
<br />
there is not Standard in crying face<br />
<br />
faced with a stomach hitch<br />
<br />
that becomes a notch can you rate that Fitch<br />
<br />
Fuck that shit<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
It's so loud Inside my head<br />
<br />
With words that I should have said!<br />
<br />
As I drown in my regrets<br />
<br />
I can't take back the words I never said<br />
<br />
I can't take back the words I never said</div>Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-35257349548209025552011-11-08T00:28:00.000+00:002011-11-08T00:52:00.138+00:00Best of Me Part. 7Random song about something else - Bfiftytwo<br /><br />Epah ao ouvir OkGo o primeiro verso começou a surgir do nada... a partir dai achei este instrumental eu sei que há uma musica mas nem a ouvi para nao me influenciar... portanto... fiquem<br /><br />http://www.youtube.com/watch?v=OzV4v8l8L-g<br /><br /> 00:15<br />I dont care about songs<br />that my radio plays<br />I don't I care about the time I waste<br />in this place<br /><br />00:31<br />I'm observing the moon<br />reaching out to the sun<br />getting my fears away<br />if I have some<br />if i make mistakes<br />sorry to the reason holders<br />sorry to the truth seekers<br />dancing around the reapers<br /><br />chorus<br />00:55<br />This is just a random song<br />this is just about < something else<br /><br />(< = break)<br /><br />01:07<br />you wouldn't find in me troopers<br />army's or navy's<br />weapons to attack<br />just a dangerous heart<br />feeding from vultures<br />getting sidetracked<br />by the random acts of worthless<br />meaningless living<br /><br />01:33<br />I'm observin the rain<br />clearing out the blood stain<br />that you left behind<br />that you wouldn't even<br />think about healing<br />and burst my lungs screaming<br />without knowing why<br />cause I know this wont change even if pigs fly<br /><br />chorus<br />01:58<br />This is just a random song<br />this is just about < something else<br />(< = break)<br /><br />02:10 (Change)<br />marks from a tire<br />arsonists fire<br />and from the looks of it<br />kamikaze dropkicks<br />track of movie flicks<br />crazy bike tricks<br />loving fat chicks<br />lesbian cunt licks<br />dirt and desire<br />political liar<br />nothing to else say<br /><br />02:40<br />let me get some closure<br />or is this just a rupture<br />fucking sanity<br />running far from meDiogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-56738094961994352011-10-29T11:29:00.002+01:002011-10-29T11:30:38.002+01:00002 On The Move<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;">A vida não é mais que um grande esforço de malabarismo, se temos sonhos agarramos-os com ambos os braços, depois metemos a esperança sobre os sonhos, a isso junta-mos as amizades, amores e família, sobre os ombros a experiência e sabedoria, agrilhoados pelos calcanhares arrasta-mos o peso do dinheiro e da sociedade, e com isto o mundo manda-nos correr sem deixar-mos cair nada...</span>Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-13527078384154533152011-10-11T10:19:00.002+01:002011-10-11T10:19:29.324+01:00Best of Me Part. 6<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px;"></span><br />
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
Esta é solta, spur of the moment, nao sei o que me deu... mas fica... pera...... lembrei-me vem depois de ouvir o tema Tabu da Mixtape Martataca de M7 com Capicua.</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
<br /></div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
Faço disto fado esforçado,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
algo que não há no Evaristo,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
sou o aristo,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
tenho linhas que nas rectas,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
quebram regras,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
quatro pontos pro quadrado,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
canto o fado, tão pesado,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
e o serenar da tua voz,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
que a sós,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
me deixa naquele estado,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
claro que isto é sexual,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
chama-me o que quiseres até frustrado,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
se amo uma mulher,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
já me chamam desgraçado,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
perdido no meu estrado,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
que na cama, acende a chama,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
naquele ritmo de quem ama,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
deixa-me tocar,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
desnudar,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
não tenhas vergonha do teu corpo ao meu olhar,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
não viro a cara, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
que repara, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
que não consigo desviar, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
e depois de rara, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
a minha tara,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
é te fazer voar, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
para lá de plutão, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
dá-me a mão, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
esta na hora de descolar, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
por ti sou quechua, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
esse é o efeito de ti nua, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
não sou cristão, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
mas peço perdão, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
pois estou prestes a pecar, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
a saliva que na língua,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
que na espera insinua,</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
em antecipação do teu gosto, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
que me faz imaginar, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
a visão do teu rosto, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
já prestes a chegar, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
fecha a cortina, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
que nesta rima, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
este sonho não pode acabar, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
e quando chego ao ponto, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
o revés no meu, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
sinto o teu móvel vibrar...</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
arghhh e atendes, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
tento te convencer mas não cedes, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
vestes e arranjas-te ao espelho, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
e eu que tenho, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
tanto para te dar, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
no relógio os ponteiros controlam o tempo a passar, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
e eu sem saber o que dizer, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
fiz cara de compreensivo, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
tão passivo, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
com o que estava a decorrer, </div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
abri-te a porta e deixei de te ver.</div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
<br /></div>
<div style="font-size: 11px; line-height: 1.5em;">
se todas as historia tivessem um final feliz...</div>
Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3332349357882637394.post-71092671402857533922011-10-11T10:12:00.001+01:002011-10-11T10:15:15.992+01:00Capt. 13<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial; font-size: x-small;"></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">O </span><span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">tic</span> <span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">tac</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> sedutor do </span>relógio<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> consome-me os passos, ainda faltam três </span><span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">kilometros</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> e eu </span>não<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> sei para onde vou, como é </span>possível<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> um homem estar </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">tão perdido </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">envolvido no manto da tecnologia, bússolas, mapas, </span><span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">gps</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> e tudo isso que faz os seres humanos terem sempre um rumo.</span><br />
<div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium;">
Talvez seja a necessidade mítica de sermos Vasco da Gama ou Pedro Álvares Cabral perdemos-nos no imenso oceano urbano que são as cidades de hoje, o granito sobre o tijolo colado com o cimento estruturado pelo aço e acabado em tinta, madeira e ferro de serralharia requintada, como é possível o ser humano viver sem arte das coisas?</div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">Uma amiga minha à uns tempos desabafou uma ideia que levaria a arte até África, mas a arte existe em África, os nosso antepassados nasceram lá, e um ser complexo como nós não vive sem o artífice de criar, talvez seja o nosso segredo mais bem engendrado no âmago da torre de babel que é o nosso cérebro, não vivemos desprovidos de valor criativo somos acima de tudo criadores, apesar de a historia nos atribuir imensos nomes, por exemplo nós portugueses somos os exploradores, divisores do mundo com o nosso vizinho do lado, mas este planeta é demasiado imenso para apenas dois povos o controlarem, ao que a ideia é disparatada por todos os </span>artifícios<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> de </span>Platão<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> a gruta e todas essas merdas, lembras-te ensinaram-nos na escola essas coisas, </span>não<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> podes ser um </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">Arquimedes nu a gritar pelas </span>planícies<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> de </span>África <span class="J-JK9eJ-PJVNOc">eureka</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> aqui está a cultura, porque de certa forma serias como um </span>alienígena<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> confrontado com a resposta mas nos temos cultura esta aqui, </span><span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">kimbundo</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> sobre papel, </span><span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">makas</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> da </span>língua<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> que o </span>português<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> mutante absorveu, está aqui no no </span><span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">bantu</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> que Mia Couto exige em exportar, está aqui no </span><span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">semba</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">, no </span><span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">kuduro</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">, no </span><span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-image: initial; background-origin: initial; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">kisomba</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">, no crioulo de Cabo Verde e </span>Guiné Bissau<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">, está em toda a parte nos carrinhos de brincar feitos de ingenuidade infantil, nos quadros sobre rocha quente a cal, sobre as </span>tradições<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> dançantes das antigas tribos, está no esquecido </span>Egipto<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> de </span>faraós<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">, em </span>Ceuta<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> depois de varias tentativas de conquista por parte dos europeus, na </span>África<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> do Sul onde o nosso pessoa também chamou casa.</span><br />
<div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium;">
Queremos a força exportar o que nos faz únicos? Serei o único a achar isso idiota?</div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">Depois disso ouvi o Presidente Lula, dizer algo fantástico e deveras real, o mundial vai ser no Brasil e vai estar tudo pronto a tempo, mas desenganem-se os europeus e o seu perfeccionismo demagogo que </span>não<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> vai ser perfeito, de muitas razoes vive um Brasil </span>pulmão<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> do mundo, de muitas teorias vive essa mesma terra, os portugueses diziam que os brasileiros eram preguiçosos e por isso importavam africanos para trabalhar, escravos, navios negreiros cheios de guerreiros do reino do Congo, e depois desse legado acha-mos que a arte carregada desse valor </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">de muitos anos de </span>exploração<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> vai fazer a diferença no desenvolvimento desses </span>países<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">? Acho que o caminho correcto seria apoiar essas </span>nações<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> no melhor entendimento das suas culturas para que as mesmas possam se desenvolver, pois quem esquece a historia arrisca-se a que ela se repita, e </span>não<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> queremos de forma alguma voltar a ser colonizadores e reacender essa chama </span>negreira<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;"> de tantos anos.</span><br />
<div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium;">
O mesmo se aplica ao Brasil pais evoluído que respira de cultura artística de uma <span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-image: initial; background-origin: initial;">personalidade</span> sem igual quando ergue o punho e diz não duvidem de nos pois somos e sempre seremos assim, mas fazemos e temos feito ate agora, ate olharem para nos com olhos de potencia mundial e não um apenas mais um pais da América doSul...</div>
<div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium;">
Se alguma coisa demos de boa a estes países foi uma <span class="J-JK9eJ-PJVNOc" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: yellow; background-image: initial; background-origin: initial;">personalidade</span> vincada.</div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small;">Um olá ao mundo desses países que considero irmãos, e uma desculpa imensa pelos males causados pelos meus antepassados, ou estarei também deturpado na mensagem porque na realidade os meus antepassados também eram desse continente imenso e fantástico que é África?</span>Diogo Diashttp://www.blogger.com/profile/10860387994522195099noreply@blogger.com0