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A mostrar mensagens de março, 2014

Aquele Poeta Chamado Esperança Parte I

Esta é a estória do poeta chamado Esperança, Joaquin Esperança, como tudo na sua vida até o seu nome assume o papel ridículo das ambiguidades despropositadas, Delinda Jesús sua mãe da Galiza vivia em portugal à 15 anos, num dia, numa dessas efemérides melindrosas conhece Arlindo Esperança, motorista de longo curso em autocarros internacionais, no acaso do amor a semente foi plantada numa paragem de Arlindo por Espinho após uma viagem Paris-Porto, dai o feto cresceu, o ser se criou, a água galgou a margem e na sua foz ele, Jô Esperança como viria a ser conhecido da primária à faculdade, Jô tinha tido a mais pacata das vidas, na mais pacata das aldeias do interior de portugal, a sua vida até este ponto tinha sido tão calma que até a universidade escolhida para frequentar foi nos Açores, primava por esse espírito de taciturno recatado e contemplativo, até este dia, nunca se tinha apaixonado ou sentido amor por ninguém para além de sua matriarca, e hoje foi bem diferente, todos os anos per

Tela

No canto do quarto chora, olhos de vidro, olha em frente sem perder da mente que o branco omnipresente do espaço quadrado que forma a tela tem apenas um pequeno ponto negro, minúsculo diria dois milímetros ponta de caneta, ponta de iceberg. Ah tanto para pintar, desenhar, escrever, imagina só se cada um desses sentimentos que remoinham dentro da cabeça fossem golpes de arte, de técnica, se formassem em geometrias abstractas, faces, membros, flores, jardins, se tudo isso fosse assim tão claro. Claro que sim, que é, mas no entanto ela parada em êxtase de apatia o climax de não ser nada e querer imediatamente ser tudo, que o amor fosse um circulo, a morte um quadrado, a dor, a dor... Bolas nem eu que aqui parado a pairar sobre o que na minha imaginação ferve, eu que denomino-me como alguém dono de algumas palavras que empresto aos outros consigo perceber, agarrar, morder, provar e descrever a miséria de sentir a katana que subtilmente nos quebra pele de dentro para fora e mesmo que

Impar

ohhhh pensamento tacanho que agarrado ao engenho e ao mesmo nó que vos fez sangrar aquele caminho que todos se apreçam a estipular sem entenderem que sou ímpar não entendem o que me faz voar e se eu definho em meus próprios termos agarrado à vontade que todos temos e à simplicidade de navegar de ir ao mar e deixar-me levar sou a pétala branca na rosa negra o ponto de luz que quebra a regra que todos comentam em surdina e grita a mensagem voz de ardina que só a vossa verdade é sepulcral e o que sinto? o que sinto é irreal? façam manchetes de opinião gritem em plena multidão que sou eu que tenho que mudar só eu tenho que mudar descansem a voz porque não vos ouço estão atirar pedras para o fundo do poço que eu com o orgulho de um pequeno moço já construí o meu próprio troço da estrada que me vai levar  essa vertigem de que me aproprio de quem no calor adora o frio de quem ama com medo de amar canta com vontade de chorar luta